
O BC (Banco Central) anunciou nesta terça-feira (18) a liquidação extrajudicial do Banco Master. O movimento ocorre no âmbito do termo assinado por Gabriel Galípolo, presidente da autarquia. Também foi decretada a liquidação judicial da Master S.A. Corretora de Câmbio. A EFB Regimes Especiais de Empresas foi nomeada liquidante, com amplos poderes de administração e liquidação.
Também nesta manhã, a Polícia Federal prendeu o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, em São Paulo.
A liquidação acontece quase um mês após o BC ter vetado a oferta de compra de uma fatia do Master pelo BRB (Banco de Brasília), operação que estava em análise desde março, como apontou o InfoMoney.
Com a decisão, o BC também põe fim à negociação do Master com o Grupo Fictor, anunciada na noite de segunda-feira (17).
Entenda a liquidação extrajudicial, determinada pelo BC
A liquidação extrajudicial é uma medida adotada pelo Banco Central quando se percebe que não há um plano viável para a recuperação da instituição.
Nesse regime de resolução, o funcionamento do banco é interrompido e ele é retirado de forma organizada do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ou seja, todas as atividades operacionais são suspensas, assim como todas as obrigações do banco, que passam a ser consideradas vencidas.
Não há prazo determinado para o encerramento da liquidação. O processo é finalizado por decisão do Banco Central ou pela decretação da falência da instituição.
Com a liquidação, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) passa a ser responsável por ressarcir os credores do Banco Master, respeitando o limite máximo de cobertura estabelecido pelo fundo.