Abaixo de 2% do PIB

BC: superávit primário de R$ 36,9 bi foi o maior para outubro desde 2016

O principal impulso veio do superávit do governo central — que inclui União, Previdência e BC —, que somou R$ 39,1 bilhões

Foto: Freepik
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O superávit primário do setor público consolidado alcançou R$ 36,9 bilhões em outubro, o maior valor registrado para o mês desde 2016, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo BC (Banco Central).

O principal impulso veio do superávit do governo central — que inclui União, Previdência e BC —, que somou R$ 39,1 bilhões. Já os governos regionais apresentaram um déficit de R$ 1,9 bilhão, inferior aos R$ 3,9 bilhões registrados no mesmo mês de 2023.

As estatais, por sua vez, contabilizaram um déficit de R$ 360 milhões em outubro, menor que os R$ 805 milhões observados no mesmo período do ano passado.

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor público consolidado registrou um déficit de R$ 223,5 bilhões em outubro. Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC, destacou que, pela primeira vez desde novembro de 2023, o déficit ficou abaixo de 2% do PIB (Produto Interno Bruto). As informações foram obtidas pelo jornal Valor Econômico.

Dívida pública bruta fica em 78,6% do PIB em outubro, diz BC

A dívida pública bruta do Brasil em outubro ficou em 78,6% do PIB (Produto Interno Bruto), superior ao valor de 78,2% do PIB em setembro, informou o BC (Banco Central) nesta sexta-feira (29).

No mês, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 36,883 bilhões. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam saldo positivo de R$ 40 bilhões.

Dívida pública deve alcançar 80% do PIB em 2024 e seguir crescendo

A IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão do Senado, chamou atenção para a dificuldade do governo no que diz respeito aos gastos públicos em seu novo Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF). Segundo o órgão, a dívida pública deve chegar a valor equivalente a 80% do PIB (Produto Interno Bruto) este ano.

Ainda de acordo com o relatório, a dívida deve continuar crescendo no curto prazo. Para a Presidência da República, a dívida terminará 2024 em 76,6% e não chegará a 80%, segundo projeção feita até 2034. É o que consta nos anexos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 (PLN 3/2024), ainda em análise pelos parlamentares.

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