Economista do Master

Brasil: é hora de comprar e não de vender, diz Paulo Gala

Apesar da visão positiva, o economista aponta que, atualmente, o Brasil se encontra em seus piores níveis históricos

Ibovespa
Foto: CanvaPro/Ibovespa

Um relatório divulgado recentemente pela Gavekal trouxe uma visão mais “bullish” (otimista, com tendência de alta) sobre o Brasil, sugerindo a compra, e não a venda de ativos nacionais. A tese é reforçada pelo economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala.

Assim como o relatório assinado por Louis Gave, Gala analisa os altos e baixos que a economia brasileira vem enfrentando. Apesar da visão positiva, durante seu Morning Call, realizado nesta segunda-feira (20), o economista aponta que, atualmente, o Brasil se encontra em seus piores níveis históricos em termos de ativos financeiros.

“O câmbio nominal está na mínima histórica, o câmbio real também, o juro nominal de 10 anos na máxima histórica, o juro real também na máxima histórica, e a Bolsa se aproximando de mínimas”, destacou Paulo Gala.

Brasil: oportunidade de compra em meio às preocupações

Mesmo diante desse cenário de desvalorização da Bolsa brasileira, os especialistas enfatizam que este é o momento de comprar ativos, e não de vender. “Há uma oportunidade enorme, claro, com várias preocupações sobre a dinâmica da dívida, mas é uma oportunidade para comprar ativos do Brasil a preços realmente baixos”, explicou o economista-chefe.

Nesse contexto, Paulo Gala ressalta que há muito tempo não se viam preços tão baixos para os ativos financeiros no cenário nacional.

Paralelamente, o especialista questiona: “O que vai acontecer com a economia no futuro? O que vai acontecer com o Brasil em 2025, 2026?”. Apesar dos ativos desvalorizados, a economia nacional demonstra sinais positivos.

“Atualmente, estamos com o menor nível de desemprego em uma década, o maior crescimento em uma década, o maior crescimento industrial em uma década, o maior aumento de investimentos em uma década, e por aí vai”, afirmou.

“A questão é como tudo isso se desdobrará no futuro, e a visão de Louis Gave é otimista, sugerindo a compra de ativos brasileiros”, concluiu.