O Brasil registrou um déficit em transações correntes de US$ 4,0 bilhões em junho, comparado ao saldo negativo de US$ 182 milhões no mesmo período do ano anterior, conforme anunciado pelo Banco Central na quinta-feira (25).
O déficit de transações correntes de junho foi maior que o esperado pelo consenso LSEG de analistas, que estimava déficit de US$ 3 bilhões.
Comparado ao ano anterior, o saldo comercial caiu US$ 3,3 bilhões, enquanto os déficits em serviços e renda primária aumentaram em US$ 399 milhões e US$ 46 milhões, respectivamente. O superávit da renda secundária diminuiu em US$ 148 milhões.
Investimentos diretos no Brasil
Os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram ingressos líquidos de US$ 6,3 bilhões em junho de 2024, superando significativamente os US$ 2,0 bilhões registrados em junho de 2023, conforme informado pelo Banco Central.
Os ingressos líquidos em participação no capital somaram US$ 4,3 bilhões no mês, sendo US$ 2,1 bilhões em participação no capital excluindo lucros reinvestidos, e US$ 2,2 bilhões em lucros reinvestidos.
Por outro lado, as operações entre empresas registraram ingressos líquidos de US$ 2,0 bilhões.
O IDP acumulado em 12 meses atingiu US$ 70,3 bilhões (3,15% do PIB) em junho, comparado a US$ 66,0 bilhões (2,95% do PIB) em maio e US$ 67,0 bilhões (3,29% do PIB) no mesmo mês do ano passado.
Reservas internacionais
Em junho, as reservas internacionais totalizaram US$ 357,8 bilhões, registrando um aumento de US$ 2,3 bilhões em relação ao mês anterior.
O crescimento das reservas foi impulsionado principalmente por variações de preços, que adicionaram US$ 1,8 bilhão, e por receitas de juros, que contribuíram com US$ 716 milhões. No entanto, as variações cambiais reduziram o estoque de reservas em US$ 624 milhões.
Após Sabesp, Tarcísio vê espaço para privatizações avançarem no Brasil
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (24) que existe potencial para progredir nas privatizações de empresas estatais, tanto em São Paulo quanto no restante do Brasil, após a conclusão da privatização da Sabesp.
Segundo o governador, “não podemos contar apenas com nosso espaço fiscal para atrair investimentos.” Tarcísio de Freitas abordou a possível privatização da Petrobras e do Banco do Brasil no futuro.
Tarcísio argumentou que o Poder Executivo agora sabe “modelar e estruturar melhor os projetos” e que novas privatizações têm um potencial maior para atrair investimentos, além de incluir mecanismos para evitar problemas semelhantes aos do setor de energia.