Pesquisa com agentes do mercado

BTG: expectativa de corte aumenta no fim do ano

Segundo o documento do banco, 58% dos entrevistados acreditam que a Selic terminará 2024 em 10,5%, enquanto 32% esperam que ela fique entre 10% e 10,25%

BTG Pactual
BTG Pactual / Foto: Divulgação

Com a expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) mantenha a taxa básica de juros (Selic) em 10,5% nesta quarta-feira, uma pesquisa do banco BTG (BPAC11) com agentes de mercado indica um aumento na expectativa de um corte de 25 pontos base em novembro e dezembro.

No entanto, a maioria ainda espera a manutenção da taxa.

De acordo com o documento, 58% dos entrevistados acreditam que a Selic terminará 2024 em 10,5%, enquanto 32% esperam que ela fique entre 10% e 10,25%.

O estudo indica que 83% dos entrevistados acreditam que o colegiado deve manter a Selic em 10,5% ao ano na decisão de hoje, enquanto 17% preveem um corte de 25 pontos base. A maioria acredita que a decisão será unânime, com apenas 7% esperando uma divisão.

Para a reunião de julho, 87% esperam a manutenção da Selic, e para setembro, 88%. No entanto, no final do ano, aumentam as chances de que a flexibilização continue, embora esse não seja o consenso do mercado.

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“Em novembro e dezembro, a expectativa de um corte de 25pb volta a subir, mas segue bastante inferior ao percentual (70-75%) de manutenção”, completa o BTG em documento divulgado a clientes e ao mercado.

BTG (BPAC11): não é fim do mundo BC fazer ‘parada técnica’ nos cortes

O presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual (BPAC11), André Esteves, declarou nesta quinta-feira (6) que “não é o fim do mundo” se o BC (Banco Central) fizer uma parada técnica no corte de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) “em decisão unânime”.

As declarações foram feitas durante um evento promovido pela Previ, em São Paulo. Segundo o presidente do conselho do BTG Pactual (BPAC11), uma decisão nesse sentido pode inflamar uma “chiadeira” no mundo político, mas será boa.

Em seu entendimento, esse momento pode gerar uma queda na parte média da curva de juros futuros.

“Se for nove a zero pela manutenção dos juros, a taxa de médio prazo vai até cair. Se [a Selic] cair de maneira forçada, vai ter o efeito contrário, a taxa média vai subir”, declarou ele, de acordo com o “Valor”.