
O BTG Pactual, um dos maiores bancos de investimentos da América Latina, está em negociações avançadas para adquirir a G5 Partners, uma renomada gestora com quase R$ 40 bilhões em ativos sob gestão.
Segundo informações do jornal O Globo, o valor do negócio gira em torno de impressionantes R$ 1 bilhão. A estratégia do BTG é fortalecer ainda mais seu domínio no mercado de gestão de fortunas no Brasil.
Outro movimento de destaque do BTG foi a negociação para a compra da operação do Julius Baer no Brasil, que administra aproximadamente R$ 70 bilhões em ativos sob gestão e custódia. As tratativas, que começaram meses atrás, estão em fase final, e o valor da operação também pode alcançar cerca de R$ 1 bilhão.
O acordo, se concretizado, deve ser anunciado ainda este mês, segundo fontes familiarizadas com a negociação, que pediram anonimato devido à natureza confidencial das tratativas. Apesar do otimismo, ressalta-se que as conversas ainda podem não evoluir para a assinatura definitiva.
BTG reforça atuação no mercado de gestão de grandes fortunas
Com esses movimentos, o BTG Pactual pretende integrar o negócio do Julius Baer à sua já robusta operação de multi-family office, que hoje administra mais de R$ 40 bilhões em ativos.
A união das operações deve ampliar ainda mais a capacidade do banco em atender famílias e indivíduos de alta renda com soluções sofisticadas e personalizadas.
Desde sua chegada ao Brasil, em 2005, o Julius Baer construiu uma operação forte, adquirindo nomes de peso como GPS e Reliance, fundidos em 2020. Atualmente, a unidade brasileira do Julius Baer conta com cerca de 300 funcionários.
Sendo assim, a decisão do Julius Baer de vender sua operação no Brasil ocorre em meio a uma reestruturação global. Dessa forma, o banco suíço sofreu com a perda de confiança dos investidores após sua exposição ao colapso do império imobiliário de René Benko, o que derrubou suas ações.
Contudo, o cenário vem se revertendo. As ações do Julius Baer subiram cerca de 24% nos últimos 12 meses, muito acima do índice da bolsa suíça, que teve alta de 4,5%.
Além disso, em setembro, a instituição conseguiu levantar €500 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões) em nova dívida no mercado europeu, demonstrando sinais de recuperação.