O Carrefour Brasil (CRFB3) anunciou a conclusão de operações financeiras que totalizam R$ 3 bilhões, obtidos por meio da emissão de debêntures institucionais e contratos de empréstimos com bancos internacionais.
De acordo com a empresa, o objetivo das captações é estender os prazos de sua dívida e se antecipar às renegociações previstas para 2025. Essa estratégia faz parte de um esforço para melhorar o perfil financeiro da companhia.
O varejista destacou que a iniciativa demonstra seu compromisso com uma gestão financeira sólida e responsável, assegurando recursos suficientes para honrar os compromissos futuros e fortalecer a estabilidade financeira.
Carrefour: europeias podem ficar mais cautelosas após boicote
Os desdobramentos do boicote do Carrefour à carne do Mercosul sugerem que outras empresas europeias com vínculos com a América do Sul devem adotar uma postura mais cautelosa, avalia o advogado especialista em Políticas Públicas Marcello Rodante.
O Carrefour (CRFB3) anunciou que ia parar de comprar carnes do Mercosul no dia 20 de novembro. A decisão do grupo foi tomada em solidariedade ao agronegócio francês, que é contrário ao acordo comercial entre Mercosul e UE (União Europeia).
Junto com a decisão, o CEO da companhia, Alexandre Bompard, afirmou que o acordo traria “risco da produção de carne que não cumpre com seus requisitos e padrões se espalhar pelo mercado francês”, colocando em dúvida o padrão de qualidade das proteínas da organização sul-americana.
Bompard teve que pedir desculpas por suas declarações, após a interrupção do fornecimento de carne bovina às lojas do grupo Carrefour no Brasil, como resposta ao boicote francês.
De acordo com Rodante, essas consequências negativas devem fazer empresas europeias pensarem duas vezes antes de anunciar boicotes ou interrupções drásticas.
Em vez disso, elas devem optar por buscar engajamento mais direto com seus fornecedores, para promover melhorias em práticas ambientais e sociais, sem comprometer suas cadeias de suprimento.