O Carrefour (CRFB3) anunciou recentemente a venda de 15 imóveis para o Fundo de Investimento Imobiliário Guardian Real Estate, gerido pela Guardian Gestora. Nos imóveis vendidos pelo Carrefour, estão localizadas lojas operadas pela empresa ou suas afiliadas, sob a bandeira Atacadão, em uma transação que totalizou R$ 725 milhões.
A operação inclui a celebração de contratos de locação na modalidade “sale-leaseback”, com prazo inicial de 13 anos, renováveis por períodos adicionais de cinco anos. As despesas com aluguel desses imóveis serão de cerca de R$ 4,8 milhões por mês — um cap rate de 8%.
“A operação e seu nível de valuation demonstram a qualidade e robustez dos ativos imobiliários do Grupo Carrefour Brasil”, afirmou a companhia, de acordo com o Broadcast.
A transação está sujeita a condições precedentes, bem como à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A expectativa é que o negócio seja concluído ainda este ano.
O Carrefour também destacou que o negócio está alinhado com a estratégia do grupo de “destravar valor de portfólio imobiliário”, focando na monetização dos ativos, maximização dos retornos para seus acionistas e melhor alocação de capital.
Carrefour (CRFB3) acumula queda de 13% após divulgar balanço
As ações ordinárias do Carrefour (CRFB3) seguem em ritmo de queda, mantendo a tendência expressa nos últimos pregões desde a divulgação de seus resultados do 2TRI24. Desde a demonstração do desempenho operacional, a cotação da empresa já caiu cerca de 13,4%, o equivalente a quase R$ 3 bilhões de valor de mercado.
O papel lidera as quedas do Ibovespa, por volta das 14h17 (horário de Brasília), caindo 3,44%, a R$ 9,26. No período, o Carrefour teve lucro líquido ajustado de R$ 151 milhões.
Analistas dizem que não era esperado o aumento no desconto de recebíveis do Carrefour no 2TRI24, devido a decisão de vender de forma parcelada na rede Atacadão, de acordo com o “Valor”.
Para melhorar os números, a varejista começou a vender em três vezes sem juros no cartão da rede, o que surtiu efeito positivo na linha.
Porém o movimento também elevou a despesa financeira de abril a junho, porque o Carrefour precisou descontar mais recebíveis.