O Ministério do Comércio chinês respondeu na manhã desta segunda-feira (2) a acusação feita por Donald Trump de que o país teria violado o acordo comercial de Genebra. O fato engrossa o histórico da guerra comercial entre os EUA e a China.
Em resposta, a China acusa os EUA de tomar medidas “restritivas e discriminatórias” contra o país asiático. Em nota, o governo chinês disse que os EUA “fizeram falsas acusações e acusaram injustificadamente a China de violar o consenso, o que é seriamente contrário aos fatos”, segundo o portal Terra.
Entre as medidas, está a revogação do visto de estudantes chineses nos EUA, emissão de orientações sobre o o controle na exportação de chips de IA (Inteligência Artificial) e a suspensão das vendas de software de design de chips para a China
De acordo com a CNN, o comunicado da China não deixou claras quais medidas serão tomadas em resposta às acusações feitas por Trump. Ainda na sexta-feira, o presidente americano disse que deseja dobrar a tarifa do aço para 50%. Apesar de a China ser o maior produtor e exportador de aço do mundo, as exportações para os EUA caíram desde 2018, no primeiro governo Trump, após a imposição de uma tarifa de 25%.
Acordo de Genebra
No dia 12 de maio, em Genebra, Pequim e Washington concordam em suspender as tarifas, à época, de 125% para produtos americanos e 145% para produtos chineses.
A China também se comprometeu em suspender as medidas comerciais que restringiam as exportações de metais essenciais para a produção de semicondutores usados em eletrônicos e defesa nos EUA.
EUA x China: tarifas reacendem guerra comercial
O aumento das tarifas de importação anunciadas desde o começo do ano pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já provoca efeitos nas principais economias globais.
A decisão, que intensifica a guerra comercial com a China, representa um choque negativo tanto para a oferta americana quanto para a demanda chinesa, com reflexos imediatos no crescimento econômico, inflação e no comportamento dos mercados.
De acordo com Homero Guizzo, economista-chefe da Terra Investimentos, a medida representa um duplo choque econômico.