A Cogna (COGN3) reduziu em 71,6% seu prejuízo líquido no terceiro trimestre, para R$ 29 milhões. Em números ajustados, a empresa teve lucro de R$ 32 milhões. O negócio que mais rendeu bons resultados foi a Kroton. Para 2025, a companhia projeta voltar a distribuir dividendos.
A Kroton, que representa 65% do negócio da Cogna, teve um crescimento de receita de 13,3%, com aumento de captações.
A expectativa da Cogna é de fechar o ano com lucro líquido, disse o CEO da companhia, Roberto Valério, à “Exame”. Segundo ele, a empresa deve continuar focada em seus próprios negócios e não realizar grandes M&As, priorizando pequenas fusões e aquisições.
A receita da Cogna ficou estável, em R$ 1,3 bilhão. Houve queda de 1,4% nas vendas da Vasta e de 28,6% na Saber, devido a congelamentos das compras do governo em período eleitoral.
Focada em qualidade e engajamento dos alunos, a empresa tem conseguido manter rematrículas, disse Valério. Outra solução é antecipar matrículas, o que reduz evasão.
Com o crescimento dos cursos EAD, a evasão subiu 27,3%, mas a base de alunos alcançou mais de 1 milhão e terminou o terceiro trimestre 12,6% maior que no ano anterior.
O Ebitda recorrente da companhia foi de R$385 milhões no terceiro trimestre, o que representa crescimento de 25,9% e aumento de 6% na margem Ebitda, que atingiu 30%.
Resultados da Cogna são “razoáveis”
O Citi avalia que os números foram “razoáveis” e de acordo com expectativas. A geração de caixa operacional após investimento foi de R$ 400,1 milhões no terceiro trimestre, 57% a mais se comparado ao mesmo período do ano anterior.
A dívida líquida da companhia foi de R$ 257,5 milhões, o que representa redução de 7,8%. A alavancagem caiu de 1,88 vez para 1,58 vez, atingindo o menor nível desde o final de 2018.