A aprovação do PL (Projeto de Lei) “Combustível do Futuro”, pela Câmara, impulsionou os papeis da Jalles Machado ON (JALL3) e da São Martinho ON (SMTO3). Nesta quinta-feira (14), por volta das 14h59, os papéis subiram 7,42% e 3,33%, respectivamente.
O projeto foi aprovado na quarta-feira (13). No texto, fica estabelecido em 13% o percentual mínimo de adição de biodiesel obrigatório no diesel comercializado nos postos.
“É um vento favorável para empresas de etanol”, declarou o sócio e analista da Ajax Asset, Rafael Passos, de acordo com o “E Investidor”.
JP Morgan comenta PL do Combustível do Futuro
A PL do Combustível do Futuro (Projeto de Lei nº 4516/2023), que prevê algumas medidas como acréscimo de percentual de gasolina e incentivo ao diesel verde, pode ser aprovado em breve, de acordo com análise do JP Morgan.
O documento da PL estabelece um aumento de 30% de etanol na gasolina, superando os 27,5% atualmente permitidos. Segundo o “InfoMoney”, estudos do JP Morgan apontam que o percentual ainda pode ser elevado para 35%.
Os cálculos da casa indicam que o valor corresponde a 1,15 bilhão de litros de demanda adicional. Isso resultaria numa alteração no preço do produto, que hoje passa por um “excesso de oferta”.
Se o aumento de 35% for confirmado, o banco entende que haverá um equilíbrio entre oferta e demanda. A razão seria a acomodação da elevada produção de etanol de milho. Ou seja, a alteração para 35% resultaria na elevação de 12% na demanda obrigatória por etanol, em relação aos atuais níveis.
A mudança dos preços domésticos do etanol afeta, diretamente, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de empresas. A casa acredita que a cada crescimento de 10%, haverá elevação de 6% no Ebitda da São Martinho (SMTO3) e 1,7% para a Raízen (RAIZ4).