A PF (Polícia Federal) prendeu, na segunda-feira (17), Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Segundo informações confirmadas pela corporação, obtida pelo Bahia Notícias, parceiro do BP Money, ele tentava deixar o país em um avião particular quando foi abordado.
Vorcaro foi conduzido à Superintendência da PF em São Paulo, após a detenção. A defesa do empresário não foi localizada pela reportagem até a última atualização deste texto.
Operação Compliance Zero
Apesar da operação estar prevista para ocorrer nesta terça-feira (18), o mandado foi cumprido no dia anterior, por conta da movimentação identificada pela PF. A ação faz parte da operação Compliance Zero.
A prisão ocorreu um dia após o anúncio de que um consórcio liderado pela Fictor Holding Financeira fechou acordo para a compra do Banco Master.
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Ex-sócio do Master também é preso
Já na manhã desta terça-feira (18), o banqueiro Augusto Lima, ex-sócio do Banco Master, e o tesoureiro da instituição financeira, Alberto Félix foi detido pela PF. As autoridades deflagraram a Operação Compliance Zero, que tem como alvo um esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsos envolvendo instituições financeiras do Sistema Financeiro Nacional, de acordo com informações do Metrópoles.
Relembre: BC aprova aumento de capital de R$ 421 milhões no Banco Master
O BC (Banco Central) aprovou dois aumentos de capital em empresas do conglomerado Master, controlado por Daniel Vorcaro. O capital do Banco Master Múltiplo foi elevado em R$ 421 milhões, totalizando R$ 1,586 bilhão. Já o do Will Bank aumentou em R$ 419 milhões, alcançando R$ 789 milhões.
O grupo de Vorcaro enfrenta um momento de instabilidade, especialmente após o BC barrar, no início de setembro, a venda de parte do Banco Master para o BRB (Banco de Brasília).
Nos últimos meses, o empresário vendeu a seguradora Kovr e está em negociações para alienar o Will Bank. Segundo apuração do Valor Econômico, os aportes recentes já refletem recursos obtidos com a venda da Kovr, além de outros ativos que vêm sendo desinvestidos.
