Do conhecimento à ação: como a experiência de treinamento impulsiona o sucesso da aprendizagem

Mônica Garcia, sócia e diretora de estratégias e experiências de aprendizagem na Building 8

* Mônica Garcia, sócia e diretora de estratégias e experiências de aprendizagem na Building 8

“O mais importante é nunca parar de questionar. A curiosidade tem uma razão para existir. Nunca perca sua sagrada curiosidade”. Dita pelo famoso físico alemão, Albert Einstein, essa frase discorre sobre a importância do aprendizado constante.

É por meio desse processo contínuo que os seres humanos podem alcançar realizações notáveis, criando novas ideias, soluções inovadoras e contribuindo com inúmeros avanços, e isso se aplica, inclusive, ao ambiente corporativo.

Dessa forma, fica fácil de entender que a educação corporativa não se trata apenas de eventos pontuais e momentos-chave em que os conhecimentos são transmitidos, e sim de uma cultura que precisa ser estabelecida. Justamente por isso, cada vez mais, as empresas buscam maneiras de melhorar suas estratégias e experiências de aprendizagem.

No relatório de 2023 do World Economic Forum, sobre o futuro do trabalho, foi confirmado que o investimento na aprendizagem e na educação no trabalho será a principal estratégia para os próximos cinco anos quando falamos de força de trabalho. E mostra, ainda, que quatro em cada cinco empresas pesquisadas esperam implementar essa estratégia nos próximos anos. 

A experiência é a chave

Treinamentos sem profundidade, palestras substituindo aprendizagem, baixa interação e quase nenhuma experimentação, significando muita teoria e pouca prática. O momento do treinamento é, em geral, a etapa mais valorizada pelas empresas. O que na nossa visão tem sido um equívoco, pois existem inúmeras iniciativas que somadas podem acelerar a aquisição de conhecimentos e habilidades. Porém, mesmo assim, muitas vezes esse momento mais formal do treinamento é conduzido de maneira equivocada. 

O erro mais comum é criar, desenvolver e aplicar um treinamento, ou melhor, uma iniciativa de aprendizagem (que, só pelo propósito, já é uma baita mudança!), sem entender o contexto e momento da organização a realidade da equipe e para onde temos que levá-la em termos de performance e comportamento, logo, não surtirá efeito algum.

Investir em treinamento e desenvolvimento para a equipe reflete em diversas vantagens para a empresa, como melhores rotinas de trabalho, time mais envolvido e comprometido, melhora na experiência do cliente, mais metas sendo atingidas, melhora no faturamento e por aí vai. 

Porém, para alcançar esses resultados é necessário garantir que, o que prefiro chamar de iniciativa de desenvolvimento, busque a atenção e a melhor experiência para aqueles que são o alvo da aprendizagem. Isso é fundamental para saber que, de fato, os conceitos apresentados se tornarão habilidades e comportamentos incorporados no seu dia a dia e tragam resultados efetivos para suas carreiras e organização.

A experiência, se bem coordenada, garante a aprendizagem prática, a retenção do conhecimento e seu uso em situações reais, a aprendizagem contextualizada, o desenvolvimento de habilidades, a resolução de problemas, e até mesmo o aumento da confiança do colaborador, permitindo que ele se adapte melhor a mudanças.

Por isso, é um componente fundamental para que o conhecimento seja internalizado, aplicado e efetivamente usado pelos colaboradores em suas atividades diárias. Até porque a teoria pode fornecer a base, mas é a prática que permite que o conhecimento se torne uma habilidade real e um recurso valioso para o sucesso profissional.

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