Embora o impacto financeiro nos bancos seja de diminuição de lucros, o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pode diminuir a demanda de crédito, segundo apontamento de analistas do Goldman Sachs.
Como o IOF é pago diretamente pelo cliente final, ou seja, pelo tomador do empréstimo, a expectativa é de que as instituições financeiras não façam ajustes materiais nos custos de crédito por causa do aumento da alíquota, diz relatório do Goldman Sachs feito por Tito Labarta, Tiago Binsfeld e Beatriz Abreu.
“No entanto, esse aumento temporário deve aumentar marginalmente o custo das operações de crédito, câmbio e negociação de títulos, o que pode prejudicar a demanda por estes serviços financeiros”, afirmaram
Notícias Relacionadas
Mudanças climáticas
Renda global pode ser reduzida em US$ 38 tri anuais até 2049, diz estudo
Nos últimos 25 anos, as emissões de gases de efeito estufa teriam causado algumas mudanças na geração de renda no mundo.
Cenário muda expectativas
'Mercado ficou mais preocupado com o fiscal', diz Campos Neto
Campos Neto acredita que mudança na projeção gera problema na credibilidade, contudo, “todo guidance vem com um aviso”.
O decreto entra em vigor a partir do dia 20 de setembro e tem validade até 31 de dezembro, mas, segundo a gestora da Macro Capital, Priscila Araújo, a medida pode ser estendida e até se tornar permanente caso as pautas econômicas do governo não sejam aprovadas, principalmente a Reforma Tributária.
“Existe o risco do aumento do IOF acabar se transformando em permanente, principalmente se o projeto da Reforma Tributária, que contém a tributação de lucros e dividendos, não for aprovado no Senado”, afirma. Em sua visão, no curto prazo, há a questão do encarecimento do crédito, em um contexto já bastante desafiador para a economia brasileira.
