O Banco Central brasileiro anunciou nesta sexta-feira (27) que irá aumentar a segurança da tecnologia Pix para combater crimes, como transferências em sequestros-relâmpago, realizadas por meio da ferramenta. A entidade não informou quando os processos começarão a funcionar.
Entre as medidas, está a determinação do limite de mil reais para operações com Pix, cartões de débito e TED entre pessoas físicas entre 20h e 6h, inclusive para transações entre contas do mesmo banco.
Depois do lançamento do novo meio de pagamento, em novembro do ano passado, pessoas têm tirado vantagem da facilidade e da rapidez do Pix para aplicar golpes ou para pedir que a vítima transfira grandes quantias rapidamente durante roubos ou sequestros.
Criminosos costumam usar contas de laranjas para receber o dinheiro, o que dificulta o rastreio da polícia para reaver os valores e desarticular as quadrilhas.
O BC também pretende estabelecer prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para a efetivação de pedido do usuário, feito por canal digital, para aumento de limites de transações com Pix, TED, DOC (Documento de Ordem de Crédito), transferências internas, boleto, e cartão de débito.
A instituição afirmou que o objetivo é impedir o aumento imediato em situação de risco.
Com as novas regras, o cliente poderá estabelecer limites diferentes no Pix nos períodos diurno e noturno, permitindo valores menores durante a noite, por exemplo.
Outra mudança é que os clientes poderão cadastrar previamente contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, mesmo mantendo a quantia máxima baixa para as demais transações. Para evitar que o cadastro seja feito durante um sequestro ou roubo, será estabelecido um prazo mínimo de 24 horas para o registro.