O Brasil sofre atualmente a maior pressão internacional dos últimos três meses, ainda que muito abaixo do impacto da primeira onda da pandemia do covid-19 que elevou o dólar a R$ 5,90 em maio de 2020.
Agora a pressão sobre o câmbio é fermentada pelo dólar pressionado pela inflação nos EUA e a incerteza sobre a expansão da China, é o que diz o gestor sênior de portfólio na OenoFuture em Londres, Victor Cotoski.
O fim desta terça-feira (19) foi marcado pela venda do lote de US$ 500 milhões pelo Banco Central no mercado à vista. Essa foi a primeira operação do tipo desde março, onde o dólar está mais propenso a fechar o ano nos patamares atuais entre R$ 5,50 a R$ 5,60.
“Somando a China e a inflação nos EUA ao ambiente político caótico no Brasil, temos os principais fatores que fazem com que o real tenha uma desvalorização muito maior do que a esperada pelo mercado nesta reta final de 2021″, informou ao MoneyTimes.
Os investidores temem que as discussões sobre o financiamento do Auxílio Brasil gerem o rompimento do teto de gastos, tido como âncora fiscal do Brasil, o que golpearia um já fragilizado cenário para as contas públicas no país.
Só na segunda-feira (18), o BC injetou no mercado US$ 1,2 bilhão em dinheiro “novo” via swaps.