Roberto Campos Netos, presidente do Banco Central (BC), afirmou que o sistema de pagamentos Pix não foi criado para substituir a Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC), modalidades de transação.
“Quando lançamos o Pix, a reação inicial era dizer que ele ia substituir TED e DOC. E eu dizia: se ele substituir TED e DOC é porque nós falhamos. A ideia não é essa. A ideia é baixar o custo de intermediação a tal ponto que aumente o nível de transações e fomente novos modelos de negócio”, afirmou a autoridade monetária, de acordo com o Money Times.
As falas de Campos Neto foram durante a 11ª Reunião do seu Núcleo de Estudos Avançados de Regulação do Sistema Financeiro Nacional (Neasf), promovida pela Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Segundo dados oficiais, até o mês passado, 96,3 milhões de pessoas físicas já tinham registrado 282,2 milhões de chaves Pix. Já em relação às pessoas jurídicas são mais modestas, com 6,4 milhões de empresas e organizações.
Para o presidente do BC, a nova modalidade de pagamento veio para facilitar as transações, reduzir os custos e promover a inclusão financeira.
O saque com o Pix já está sendo analisado para começar em novembro deste ano. Campos Neto comparou a operação com os caixas eletrônicos. “Você tem um custo de funcionamento, tem um custo de produção, tem um custo de energia”.
“Tem um valor bom, é um produto muito bem desenhado. Mas a pergunta é: será que consigo fazer essa mesma funcionalidade eliminando esse custo de transação e transformando esse custo em benefício pro usuário?”, questionou.