Um tribunal de apelações dos EUA confirmou a condenação por fraude da fundadora da Theranos, Elizabeth Holmes, nesta segunda-feira (24). Esta era última chance da executiva de anular sua sentença por ilegalidades cometidas em 2022. As informações são do “Bloomberg Línea”.
A condenação do ex-parceiro comercial e romântico de Holmes, Ramesh “Sunny” Balwani, também foi confirmada. O responsável foi um painel de três juízes do Tribunal de Apelações dos EUA para o Nono Circuito em São Francisco.
A decisão é fruto de esforços para punir Holmes por ter enganado boa parte do Vale do Silício. Sua empresa, que prometia entregar mais de 200 resultados de testes feitos com uma quantia ínfima de sangue, recebeu investimentos sem nunca sair do papel.
Relembre o caso de Elizabeth Holmes
A companhia levantou mais de US$ 700 milhões de investidores e chegou a alcançar US$ 9 bilhões em valor de mercado, sendo Holmes dona da metade. A empresa colapsou depois que o fracasso da tecnologia prometida foi exposto.
Em 2022, Holmes foi condenada por fraude eletrônica em quatro tribunais, por falsas alegações a investidores. A condenação ocorreu após um julgamento com júri no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia.
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A ex-executiva recebeu uma sentença de 11 anos, que está cumprindo em uma prisão de segurança mínima no Texas. Ela pediu ao Nono Circuito que anulasse a condenação e iniciasse um novo julgamento.
A justificativa era de que um testemunho de promotores para o julgamento do diretor do laboratório final da Theranos estaria “infectado de erros”.
A defesa de Holmes afirma que o diretor do laboratório, Kingshuk Das, foi usado como especialista científico sobre o dispositivo de exame de sangue da Theranos, mas nunca havia sido avaliado pelo juiz como especialista.
Segundo o Departamento de Justiça, Das não estava dando uma opinião de especialista e sim testemunhando sobre o que viu na Theranos e o que disse a Holmes quando trabalhava na empresa.
