Com apenas nove meses de operação, a Daycoval Corretora chega à Expert XP com uma missão clara: marcar presença no ambiente institucional e reforçar o posicionamento do grupo no mercado financeiro.
“Estamos aqui para colocar a marca do Banco Daycoval cada vez mais no lugar correto que tem que estar, pela grandiosidade que o banco representa”, afirma Marcos Alexandre Lira, head da corretora.
Com 15 anos de trajetória no Banco Daycoval, Lira tem passagens por áreas como Private Banking e Asset Management, além de experiência prévia no BNP Paribas.
Agora, ele lidera o braço mais novo do grupo, criado para completar a atuação institucional da casa.
“Já tínhamos a Tesouraria e o Serviço de Mercado e Capitais. Faltava a corretora para fechar esse ciclo. A Daycoval Corretora nasce justamente para unir tudo isso e oferecer uma operação completa, com mesa de bolsa, BMF e títulos públicos”, explica.
Segundo o executivo, o evento da XP é estratégico porque reúne todos os públicos relevantes do mercado.
“Estar aqui é fundamental. Todo mundo passa por aqui: investidores institucionais, pessoa física, gestores. É uma grande vitrine”, resume.
Foco institucional
O foco da corretora, desde o início, está no atendimento a clientes institucionais.
“Esse é o nosso principal público-alvo. Todos os que estão aqui hoje são potenciais clientes. Nossa estrutura foi pensada para isso”, reforça.
O movimento fortalece o cross-selling entre as áreas do grupo e permite uma abordagem mais completa.
“Com a corretora, agora conseguimos oferecer tudo internamente. O cliente institucional está com a gente do começo ao fim, inclusive na operação”, diz.
Cenário macro e visão de alocação
Lyra também comentou o cenário macroeconômico atual, marcado por juros altos e inflação volátil, tanto no Brasil quanto nos EUA.
“O momento está cheio de ruídos. É difícil tomar decisões. Os juros seguem elevados aqui e lá fora, mesmo com possibilidade de queda”, avalia.
Nesse contexto, a renda fixa continua a se destacar. “A curva de bonds ainda tem bastante valor para o portfólio dos nossos clientes. Mesmo com a bolsa americana andando bem, a renda fixa lá fora continua atraente”, diz.
No Brasil, a classe de fundos sofreu perdas recentes. “Desde o ano passado, os multimercados e os fundos de ações apanharam bastante. Já os fundos de renda fixa captaram muito, especialmente os ativos isentos”, observa.
Ele aponta as NTN-Bs como uma das grandes oportunidades do momento. “Hoje, dependendo do vencimento, você consegue pegar IPCA + 7%. Esse juro real é muito relevante no cenário global e extremamente atrativo no longo prazo”, afirma.
“Quando você olha esse retorno e compara com qualquer outro país, o nosso juro real é muito alto ainda. Por isso, mesmo com inflação, essa deve ser uma parte do portfólio. A outra tem que continuar em Selic, porque ajuda a suavizar o risco da carteira”, conclui.