Ricardo Bottas, ex-CEO da SulAmérica, assumirá o cargo de diretor financeiro (CFO) da Latam Airlines a partir de janeiro de 2025, conforme anunciado pela companhia aérea.
Bottas possui uma sólida trajetória de mais de duas décadas na área financeira, tendo atuado em papéis-chave em auditoria, controladoria, tesouraria, planejamento financeiro, fusões e aquisições e relações com investidores, o que lhe permitiu adquirir uma visão abrangente das principais questões do mercado financeiro.
Antes de sua passagem pela SulAmérica, Bottas foi diretor financeiro da PetroRio (atualmente Prio) por três anos e meio. Após sua saída da SulAmérica, Bottas assumiu a posição de CEO da UnitedHealth Brasil e da rede hospitalar Americas, permanecendo até a venda da operação para o empresário José Seripieri Filho.
Na Latam, Bottas substituirá Ramiro Alfonsín, que ocupou o cargo de CFO por oito anos e liderou o processo de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos. Alfonsín deixou a posição em novembro para assumir a diretoria comercial da empresa.
Companhia se re-ergue
A Latam Airlines, que emergiu do processo de recuperação judicial em novembro de 2022, tem apresentado melhora operacional significativa. No terceiro trimestre de 2024, a companhia registrou um lucro líquido de US$ 301 milhões, acumulando US$ 705 milhões nos nove primeiros meses do ano. A dívida líquida da empresa está em US$ 5,1 bilhões, com uma alavancagem de 1,7 vezes o EBITDA.
Além disso, a Latam reportou uma liquidez de US$ 3,6 bilhões no final do terceiro trimestre, correspondendo a 27,6% de suas receitas, sendo US$ 2 bilhões em caixa e o restante em linhas de crédito rotativo não utilizadas.
Com a reestruturação concluída, a Latam busca acelerar seu crescimento e expandir sua presença nos mercados em que atua. Um dos desafios mencionados por fontes próximas à companhia é recuperar o valor de mercado (market cap) para refletir o desempenho positivo e a liderança nos setores em que opera.
Atualmente, a Latam está avaliada em US$ 8,19 bilhões na Bolsa de Nova York, com as ações registrando uma valorização de 11% desde o relançamento das ADRs na NYSE, após a saída em 2020 devido ao processo de recuperação judicial.