A maré positiva do governo Lula atingiu os banqueiros e investidores do principal centro financeiro do país, a Faria Lima, que já estão avaliando a possibilidade da reeleição do presidente Lula (PT) no primeiro turno das eleições de 2026.
De acordo com informações do jornalista Guilherme Amado, do site Platô Br, os principais motivos que os agentes do setor financeiro criam ao redor do petista, foram o posicionamento de seu governo em torno da crise comercial com o governo americano. A avaliação é de que o presidente Lula se encontrou no discurso de “soberania nacional”. Os investidores ainda relataram que o governo era até então apagado e pobre de ideias e marcas.
Para além do discurso, que tirou da direita a retórica do patriotismo e de defesa do Brasil, há ainda desdobramentos políticos da posição de Lula que lhe foram altamente favoráveis no quesito político. Primeiramente, o encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), quando o republicano afirmou ter tido uma “química excelente” com o brasileiro.
Segundo, foi quando o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, recebeu e conversou civilizadamente com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em Washington.
Outro ponto relatado pela “Wall Street brasileira” como favorável ao petista, foi a aproximação dele com lideranças evangélicas. Ao que tudo indica, o presidente Lula, deve indicar para a vaga de Luís Roberto Barroso no STF (Supremo Tribunal Federal), o evangélico e AGU (Advogado-Geral da União), Jorge Messias. Confirmada a escolha, estará quebrada a “exclusividade” de Jair Bolsonaro nesse quesito na Corte.
Direita fragmentada
A melhora na avaliação do presidente Lula representou-se também pelas recentes derrotas da oposição. As sanções por parte do governo americano, que embasou o discurso de soberania por parte do governo, foram urdidas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e anunciadas em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agora condenado por tentativa de golpe de Estado.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem se mostrado desanimado com as próximas eleições e já afirmou que vai “concorrer à reeleição” ao governo paulista. Ratinho Junior (PSD-PR), atual governador do Paraná, aparece como principal nome da centro-direita, enquanto Eduardo ataca todos os aliados do pai que buscam um caminho mais ao centro.