Jerome Powell, presidente do Fed (Banco Central dos EUA), declarou nesta quarta-feira (20) que a taxa de juros está num patamar apropriado para o momento. Segundo ele, ela será reduzida quando a economia começar a evoluir.
Powell também admitiu que as perspectivas econômicas são desreguladas. Desta forma, se for necessário, os diretores do Fed estão preparados para manter o intervalo atual por mais tempo.
“O Comitê não espera que seja apropriado reduzir o intervalo da meta até que ganhe confiança de que a inflação está descendo de forma sustentável para 2%. É claro que estamos empenhados em ambos os lados do nosso duplo mandato e um enfraquecimento inesperado no mercado de trabalho poderia justificar uma resposta na política”, declarou.
Fed mantém taxa de juros dos EUA entre 5,25% e 5,50%
O Fed, banco central norte-americano, anunciou, nesta quarta-feira (20), a manutenção das taxas de juros nos EUA no intervalo entre 5,25% e 5,50%.
Foi a 5ª reunião seguida que o Fed optou por aguardar mais dados macroeconômicos para iniciar a flexibilização da política monetária.
Em comunicado, os diretores da instituição destacaram que não pretendem reduzir a meta até que estejam seguros de que inflação está “evoluindo de forma sustentável para 2%”.
A decisão veio em linha com o esperado. A ferramenta CME FedWatch, que analisa as probabilidades de alterações nas taxas de juros nos EUA, apontava uma probabilidade de 99% de que as taxas de juros permaneceriam inalteradas.
As projeções indicam ainda que os índices básicos dos juros norte-americanos devem terminar 2024 em 4,50% a 4,75% ao ano.
Em complemente, o PCE (índice de preços de despesas de consumo pessoal), que exclui alimentos e energia, avançou 2,6% no final de 2023. O indicador superou as projeções emitidas em dezembro, que ficaram em 2,4%.
Mesmo com a perspectiva, 10 dos 19 responsáveis do banco ainda acreditam que a taxa de juros deve retrair pelo menos 0,75 ponto percentual até o final de 2024.
Agora a expectativa é que a economia norte-americana cresça 2,1% neste ano, superando o 1,4% projetado em dezembro.