Pacote fiscal

Haddad: pacote fiscal economizará R$ 70 bi em 2 anos

“Uma parte importante da classe média que ganha até R$ 5 mil por mês não pagará mais imposto de renda”, declarou o ministro

Foto: Reprodução
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), divulgou nesta quarta-feira (27), em cadeia nacional de rádio e televisão, detalhes do aguardado pacote fiscal. Segundo o ministro, as medidas vão assegurar uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos.

Durante o pronunciamento, Haddad confirmou a isenção de IR (Imposto de Renda) para quem recebe até R$ 5 mil por mês.

“Uma parte importante da classe média que ganha até R$ 5 mil por mês não pagará mais imposto de renda”, declarou o ministro, acrescentando que a medida “não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo”.

A antecipação da notícia pelo O Globo nesta tarde influenciou negativamente o mercado, levando o Ibovespa a registrar quedas durante o pregão.

Para o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, a decisão exigirá uma compensação fiscal significativa. “Estimamos que a mudança de faixa de isenção custaria ao menos R$ 45,8 bilhões. Esse cálculo é otimista”, avaliou Salto.

O ministro também anunciou “a compensação”. “Quem tem renda acima de R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais”, disse ele, acrescentando que “não haveria exageros”.

Lula e Haddad apresentam corte de gastos a Lira e Pacheco

Uma reunião foi realizada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentação do plano de corte de gastos elaborado pelo governo.

Posteriormente, as medidas também serão apresentadas aos líderes governistas em outra reunião com Haddad e Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais.

Há quase um mês o mercado aguarda o anúncio do pacote de corte de gastos. Entre os pontos mais críticos em discussão estavam as mudanças no cálculo do Benefício de Prestação Continuado (BPC) e na previdência dos militares, segundo o “O Globo”.