O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta segunda-feira (30) em alta, com investidores reagindo à queda na dívida pública em relação ao PIB e ao déficit primário abaixo das expectativas. O mercado também está atento ao Boletim Focus, além de seguir repercutindo os dados do IPCA-15.
Por volta das 10h21 (horário de Brasília) o marcador estava em alta de 0,19%, aos 120.503 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma queda de 0,08%, cotado a R$ 6,1980.
Nesta segunda-feira (30), o BC (Banco Central) divulgou que a dívida pública em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) caiu de 77,8% em outubro para 77,7% em novembro. Enquanto isso, o déficit primário foi de R$ 6,620 bilhões, número abaixo das expectativas de economistas consultados pela “Reuters”, de R$ 7 bilhões.
A mediana das projeções do Boletim Focus para o IPCA de 2025 também movimenta o Ibovespa. Ela subiu de 4,84% para 4,96% nesta segunda-feira (30). Esta é a 11ª semana seguida de alta. A previsão afasta ainda mais o índice do teto da meta, de 4,5%. Para 2026 também houve uma alta na mediana das projeções, de 4% para 4,01%.
Ainda sobre inflação, os investidores continuam respondendo aos dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), conhecido como “prévia da inflação”. O índice subiu 0,34% em dezembro, mostrando uma desaceleração em relação ao percentual de 0,62% no mês anterior.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
Um mês atrás, a mediana das expectativas da inflação para 2026 no Boletim Focus era de 3,81%, o que mostra uma alta acelerada, com uma previsão de 4,01% nesta semana. Para 2027, a projeção foi de 3,80% para 3,83%. No mês anterior era de 3,50%. Já a previsão para o dólar em 2025 subiu de R$ 5,90 na semana passada para R$ 5,96.
O IPCA-15, que ficou abaixo das previsões, também influencia o Ibovespa. “O IPCA-15 de dezembro veio abaixo da nossa expectativa e do consenso do mercado, com surpresa baixista em passagem aérea, possivelmente com alguma devolução do resultado mais alto na leitura de novembro”, disse o Itaú em análise enviada aos clientes.
O mercado também segue respondendo aos dados de emprego do IBGE, apresentados na semana passada. A taxa de desocupação no trimestre entre setembro e novembro ficou em 6,1%, o menor percentual da série histórica iniciada em 2012. A taxa está de acordo com a previsão de economistas.
EUA
A agenda econômica está bastante tranquila, com destaque apenas para a divulgação de dados sobre vendas pendentes de imóveis nos EUA.
Na semana passada, as bolsas de Nova York fecharam em queda, puxadas pela desvalorização das ações do setor de tecnologia.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,25%
S&P 500 Futuro: -0,24%
Nasdaq Futuro: -0,20%
Bolsas asiáticas
Na Ásia-Pacífico, os mercados terminaram o penúltimo pregão do ano sem um padrão claro, refletindo a queda de Wall Street na sexta-feira. O índice Kospi, da Coreia do Sul, recuou 0,22%, fechando em 2.399,49 pontos, em meio a um cenário de turbulências políticas e dados industriais desanimadores.
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O país também enfrentou uma tragédia no domingo, com um acidente aéreo que resultou na morte de 179 pessoas, quando um avião da Jeju Air colidiu com uma parede no Aeroporto Internacional de Muan.
Em resposta ao acidente, o presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, ordenou uma inspeção de segurança imediata nas companhias aéreas do país.
As ações da Jeju Air chegaram a atingir seu menor valor histórico nesta segunda-feira, com queda de 8,65%, de acordo com dados da FactSet. Outras aéreas coreanas também enfrentaram volatilidade, com a Korean Air recuando 3%, enquanto as companhias de baixo custo T’way Air e Jin Air perderam 3,23% e 2,83%, respectivamente. Por outro lado, a Air Busan registrou alta de 3,14%.
No Japão, o índice Nikkei 225 caiu 0,96%, fechando aos 39.894,54 pontos, enquanto o Topix recuou 0,60%, fechando a 2.784,92 pontos. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor manufatureiro, compilado pelo au Jibun Bank, subiu para 49,6 em dezembro, ligeiramente acima dos 49,0 registrados em novembro. Embora tenha ocorrido uma leve melhoria, o número ainda reflete uma contração no setor.
Shanghai SE (China), +0,21%
Nikkei (Japão): -0,96%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,24%
Kospi (Coreia do Sul): -0,22%
ASX 200 (Austrália): -0,32%
Bolsas europeias
Na Europa, os índices também começaram a sessão em queda nesta segunda-feira, que marca o último pregão completo do ano na região.
O índice Stoxx 600, que engloba as principais bolsas europeias, caiu no início do dia, com todos os setores operando em terreno negativo. Os setores industrial, de mídia e de tecnologia foram os mais afetados.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,41%
DAX (Alemanha): -0,2%
CAC 40 (França): -0,15%
FTSE MIB (Itália): -0,08%
STOXX 600: -0,34%
