O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta quinta-feira (2) em queda, com o pessimismo de investidores sobre a economia brasileira em 2025. O mercado também está atento à divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI) e aos pedidos de seguro-desemprego dos EUA.
Por volta das 10h21 (horário de Brasília) o marcador estava em queda de 0,24%, aos 119.992 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial apresentava uma alta de 0,63%, cotado a R$ 6,2186.
No cenário geral, as perspectivas econômicas para o país têm sido pessimistas. Um estudo da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) prevê uma redução da oferta de crédito pelos bancos, que deve crescer 9% em 2025, ante 10,5% em 2024. Enquanto isso, a carteira de recursos livres deve crescer 8,3% neste ano e a direcionada, 9,7%.
Na agenda desta quinta-feira (2), o mercado aguarda a divulgação PMI (sigla em inglês para Purchasing Managers’ Index), que é um dos principais indicadores da indústria dos EUA. O índice do mês de dezembro vai ser publicado às 11h45 (no horário de Brasília) pela S&P Global.
Por sua vez, às 10h30 (horário de Brasília), o Escritório de Estatísticas do Trabalho do governo dos EUA também divulga os números de pedidos de seguro-desemprego na semana que se encerrou em 27 dezembro.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
Os dados norte-americanos são importantes pois ajudam o mercado a entender como está a economia dos EUA e quais devem ser as próximas decisões do Fed (Federal Reserve) sobre os juros. Analistas esperam menos redução da taxa neste ano, em um cenário de incerteza com a volta de Donald Trump à presidência.
O novo presidente começa seu mandato em 20 de janeiro. Analistas enxergam potencial inflacionário nas políticas de redução de impostos e imposição de tarifas a diversos países, prometidas durante a campanha de Trump.
No Brasil, o destaque são as emendas parlamentares. Nesta quarta-feira (1º), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino negou o pedido do partido Novo para suspender o pagamento de verbas, classificadas como RP1 (despesas primárias obrigatórias), para o Ministério da Saúde.
As perspectivas para as empresas brasileiras também movem o Ibovespa. Na segunda-feira (30), a Vale e o Ministério dos Transportes fecharam um acordo que gerou R$ 4 bilhões em receita ao Tesouro Nacional, ainda no exercício de 2024, de acordo com informações do “Valor Econômico”.