O Ibovespa volta a responder a uma agenda econômica aquecida nos próximos dias, após um esvaziamento na semana da virada do ano. Eventos importantes estão programados para 5 a 10 de janeiro, como a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve) de 2024 e dos dados de inflação no Brasil.
A agenda também inclui números do mercado de trabalho dos EUA e da inflação na Alemanha, França, Zona do Euro e na China, de acordo com informações do “Investing.com”.
Na segunda-feira (6) vai ser divulgado o Boletim Focus, com projeções macroeconômicas do BC (Banco Central). No mesmo dia, a S&P Global vai publicar o PMI (índices gerentes de compras) e os EUA vão divulgar a balança comercial de dezembro.
Já na quarta-feira (8), vão sair os dados sobre a produção industrial brasileira em novembro e, na quinta-feira (9), sobre as vendas no varejo. Ao fim da semana, na sexta-feira (10), as atenções vão estar voltadas para divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que no acumulado até novembro ficou em 4,87%.
No cenário internacional, a ata de reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), do Fed, vai ser divulgada na quarta-feira (8). No encontro de dezembro, a taxa básica do juros dos EUA foi cortada em 0,25 ponto, correspondendo às expectativas do mercado. Analistas preveem que o Fed deve diminuir os cortes a partir deste ano.
Como o Ibovespa se comportou na última semana
Na quinta-feira (2), foram divulgados dois indicadores norte-americanos importantes: o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês para Purchasing Managers’ Index) industrial dos EUA e o número de pedidos de seguro-desemprego no país.
Ambos mostraram um desempenho da economia acima do esperado, o que pode levantar preocupações sobre a inflação e reforçar as expectativas de desaceleração nos cortes de juros do Fed.
Já no Brasil, o clima geral da semana foi de pessimismo, com o Ibovespa registrando perdas pela quarta semana seguida. O índice fechou a sessão desta sexta-feira (3) no menor patamar do último ano.
A baixa foi influenciada pela queda nas ações da Vale (VALE3), da Petrobras (PETR4) e dos bancos, além de uma maior cautela dos investidores, preocupados com a situação fiscal do Brasil.
No âmbito político, uma agenda esvaziada fez as atenções se voltarem às emendas parlamentares.
Além de recusar pedido do partido Novo para suspensão de emendas para o Ministério da Saúde na quarta-feira (1º), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino suspendeu o repasse de emendas a ONGs que não cumpriram critérios de transparência, em decisão desta sexta-feira (3).