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Isentos: ‘há redução drástica na oferta de produtos’, diz analista

“É um produto que caiu ‘no gosto do brasileiro’, ainda mais em um país onde há uma volatilidade da inflação e você é tributado sobre essa inflação”, disse analista

Foto: Reprodução
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O gestor de créditos privados da ARX Investimentos, Pierre Jadoul, destacou neste sábado (31) que houve uma queda “drástica na oferta de produtos isentos como um todo” neste ano. A afirmação foi feita durante o painel “Crédito Privado segue sendo a bolsa da vez?” na Expert XP 2024.

“E é um produto [isentos] que caiu ‘no gosto do brasileiro’, ainda mais em um país onde há uma volatilidade da inflação e você é tributado sobre essa inflação”, salientou Jadoul.

Segundo o especialista, a classe cresceu muito nos últimos anos, mas alterações legislativas fizeram com que o volume de oferta fosse muito menor. “Naturalmente, você tem que buscar substitutos, principalmente entre LCI e LCA”, acrescentou.

Reforma Tributária: parecer mantém Fiagros e FIIs isentos de impostos

O Grupo de Trabalho para a Reforma Tributária apresentou nesta quinta-feira (4) o texto substitutivo para regulamentação da proposta. No parecer, foi mantida a isenção dos FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) e dos Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais).

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Durante a discussão sobre a Reforma Tributária, deputados avaliaram incluir a tributação dos dois fundos para elevar a arrecadação federal. Com a decisão, os ganhos dos fundos de investimento não serão mais tributados como consumo.

A proposta ainda precisará ser votada pelos deputados e senadores para ter validade. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), declarou que a apreciação da matéria deve iniciar na próxima quarta-feira (10). Durante a tramitação no plenário, os deputados podem realizar alterações no texto.

No momento, os fundos imobiliários contam com aproximadamente 2,7 milhões de investidores; destes, 76,2% são pessoas físicas. O patrimônio líquido dos FIIs em 2024, conforme dados da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), soma R$ 248 bilhões, enquanto o dos Fiagros é de R$ 35,9 bilhões.

O texto do grupo de trabalho apontou que, em situações específicas, como na compra, venda ou aluguel de imóveis, os fundos de investimento podem ser beneficiados ao aderir ao sistema de débitos e créditos de impostos, conforme informações da “Exame”.