A Itaúsa (ITSA4) aprovou bonificação para cada acionista em cinco novas ações para cada 100 papeis detidos, como informou a holding em fato relevante nesta terça-feira (12). O aumento de capital é de R$ 7 bilhões.
A companhia teve um crescimento de 13,4% no lucro líquido do terceiro semestre, na comparação anual, com lucro líquido recorrente de R$ 3,9 bilhões. Isto pode ser justificado pelo resultado crescente em todas as empresas do portfólio e melhores resultados financeiros, afirmou a holding.
“O resultado recorrente proveniente das empresas investidas, refletido na Itaúsa no período, foi de 4,1 bilhões de reais, aumento de 16% sobre o mesmo período do ano anterior, principalmente pelos resultados sólidos do Itaú Unibanco, além dos resultados crescentes apresentados pelas empresas do setor não financeiro”, disse o fato relevante.
Apenas o Itaú, banco sob controle da holding, atingiu um lucro líquido gerencial de 10,7 bilhões de reais no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2023.
Itaú, da Itaúsa, ‘certamente’ pagará dividendos extraordinários, diz CEO
O presidente-executivo do Itaú Unibanco (ITUB4), Milton Maluhy Filho, disse nesta terça-feira (5) a jornalistas que o banco “certamente” irá pagar dividendos extraordinários referentes ao exercício de 2024.
A declaração acontece após o Itaú reportar um lucro líquido de R$ 10,6 bilhões no terceiro trimestre, número 18,1% maior que o registrado há 1 ano. O resultado acima do esperado pelo consenso LSEG, que era um número em torno de R$ 10,359 bilhões.
“A discussão é sobre qual é o tamanho do dividendo”, disse o executivo, acrescentando que a divulgação dessa decisão deve ocorrer no começo de 2025, quando será publicado o balanço de 2024, bem com as projeções do banco para o próximo exercício.
Milton Maluhy Filho frisou ainda que, apesar de cenário desafiador, com alta de juros e inflação e câmbio piorando, o banco deve manter o “apetite” de crédito.
“Não tivemos qualquer mudança em nosso apetite. […] Nossa gestão de portfólio é ativa, trabalha com visão prospecção de cenário e é atualizado diariamente. A gente continua a ver de forma positiva a nossa capacidade de crescer carteira com qualidade”, afirmou o CEO do Itaú.
“Evidentemente que a gente nunca está imune a cenários disruptivos, dado o tamanho da organização e o tamanho da nossa carteira. Por isso trabalhamos com níveis de provisões adequados, na nossa opinião, e tempestividade para ter que fazer correções de rotas quando o cenário muda”, completou.