O tenista João Fonseca, de 18 anos, ganha destaque nesta semana ao estrear no Australian Open como o mais novo na chave principal desta edição. Uma curiosidade sobre o atleta, que inicia na disputa jogando contra o russo Andrey Rublev nesta terça-feira (14), é que seu pai, Christiano Fonseca Filho, é conhecido no mercado financeiro.
O atleta superou Gustavo Kuerten (Guga) na posição de tenista brasileiro mais novo a disputar na chave principal de um Grand Slam na Era Aberta, repetindo o comportamento disruptivo de seu pai, que, em 1988, cofundou a IP Capital Partners, primeira gestora independente do Brasil.
Além de ser sócio e cofundador da gestora, Christiano, também conhecido como “Crico”, atua hoje como conselheiro da gestora, sendo responsável pela definição e acompanhamento da estratégia da empresa e sua política de remuneração, segundo informações da IP.
Conheça a trajetória de ‘Crico’ na IP
Crico começou a trabalhar com investimentos em 1983 e, no início da carreira, atuou no Banco Boavista, Cash Corretora, Banco Fonte e Corretora Nacional. Ao constatar uma ascensão das gestoras independentes nos EUA, ele decidiu deixar a corretora e fundar, junto com Roberto Vinhaes, a Investidor Profissional (IP), segundo a “Istoé”.
Como a figura do “gestor independente” ainda não era reconhecida na época, a empresa foi registrada como consultoria, tornando-se gestoras de fundos apenas em 1993, quando criou a IP Participações, de acordo com informações do “XP Expert”.
A empresa acabou treinando vários gestores e analistas de destaque, que saíram para fundar suas próprias assets, aponta o “XP Expert”. Entre eles estão Bruno Levacov, da Atmos Capital; Marcelo Magalhães, da Tork Capital; e Pedro Chermont e Pedro Rudge, da Leblon Equities.
Além do IP Participações, hoje a gestora trabalha com três outros fundos: o hedge fund IP Value Hedge; o IP Previdência (versão previdenciária do IP Participações); e o IP Atlas USD (de investimentos em empresas internacionais e exposição ao dólar).