Mercado emergentes

JPMorgan: Cenário americano traz mensagens contraditórias

“Os ciclos macroeconômicos e políticos dos EUA continuam a enviar mensagens contraditórias para as ações dos mercados emergentes”, diz o banco

JPMorgan
JPMorgan / Divulgação

Com a previsão de início do ciclo de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) e atenção voltada para as eleições presidenciais, incluindo o incidente envolvendo o ex-presidente e candidato Donald Trump, além das incertezas sobre a capacidade do atual presidente Joe Biden de permanecer na disputa, os mercados emergentes aguardam esses desenvolvimentos.

Segundo o banco JP Morgan, o cenário tem impactos variados nos mercados emergentes: “Os ciclos macroeconômicos e políticos dos EUA continuam a enviar mensagens contraditórias para as ações dos mercados emergentes”, ressaltou em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta quinta-feira (18).

Na perspectiva otimista, o banco afirma que, “as previsões de uma flexibilização do Fed em setembro com um ritmo trimestral de cortes a partir de então e rendimentos de 10 anos mais baixos no ano de 2024 para 4,15% são claramente positivos para convidar os investidores globais a apreciarem o maior crescimento, o baixo valuation o e o subposicionamento das ações dos mercados emergentes”.

Por outro lado, a abordagem mais cautelosa mostra que, “o maior foco nas eleições nos EUA pode tornar-se um obstáculo para o lado positivo dos mercados emergentes, dadas as complicações em comércio, tarifas e riscos de discussões sobre prêmios”.

JPMorgan aponta preferências em bancões de olho nos balanços

À medida que se aproxima a temporada de resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), o JPMorgan reafirmou sua preferência pelo Itaú (ITUB4) entre os principais bancos brasileiros.

No entanto, o banco expressou um entusiasmo reduzido em relação ao Bradesco (BBDC4).

Apesar de reconhecer o potencial de longo prazo do Nubank (ROXO34), o JPMorgan opta por se manter afastado neste trimestre, devido à possível deterioração na qualidade dos ativos e aos desafios cambiais.

No México, o JPMorgan demonstrou preferência pelo Banorte, embora reconheça que os investidores podem permanecer cautelosos até que a volatilidade política se estabilize.

Nos países andinos, o banco mantém uma postura favorável aos bancos peruanos, especialmente o Credicorp, apesar das projeções mais fracas para o trimestre.