Com a previsão de início do ciclo de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) e atenção voltada para as eleições presidenciais, incluindo o incidente envolvendo o ex-presidente e candidato Donald Trump, além das incertezas sobre a capacidade do atual presidente Joe Biden de permanecer na disputa, os mercados emergentes aguardam esses desenvolvimentos.
Segundo o banco JP Morgan, o cenário tem impactos variados nos mercados emergentes: “Os ciclos macroeconômicos e políticos dos EUA continuam a enviar mensagens contraditórias para as ações dos mercados emergentes”, ressaltou em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta quinta-feira (18).
Por outro lado, a abordagem mais cautelosa mostra que, “o maior foco nas eleições nos EUA pode tornar-se um obstáculo para o lado positivo dos mercados emergentes, dadas as complicações em comércio, tarifas e riscos de discussões sobre prêmios”.
JPMorgan aponta preferências em bancões de olho nos balanços
À medida que se aproxima a temporada de resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), o JPMorgan reafirmou sua preferência pelo Itaú (ITUB4) entre os principais bancos brasileiros.
No entanto, o banco expressou um entusiasmo reduzido em relação ao Bradesco (BBDC4).
Apesar de reconhecer o potencial de longo prazo do Nubank (ROXO34), o JPMorgan opta por se manter afastado neste trimestre, devido à possível deterioração na qualidade dos ativos e aos desafios cambiais.
No México, o JPMorgan demonstrou preferência pelo Banorte, embora reconheça que os investidores podem permanecer cautelosos até que a volatilidade política se estabilize.
Nos países andinos, o banco mantém uma postura favorável aos bancos peruanos, especialmente o Credicorp, apesar das projeções mais fracas para o trimestre.