As LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) dobraram de volume, mais de 40 dias após a decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) para restrição dos lastros e prazos de ativos isentos de IR (Imposto de Renda). Enquanto isso, as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) diminuíram.
Apesar dos direcionamentos diferentes, a rentabilidade de ambos os ativos cresceu, segundo apuração do InfoMoney. O levantamento Quantum Finance, expôs dados de emissões dos papéis, comparando o mês de janeiro – antes da resolução citada – e de fevereiro – um mês após.
As LCIs, em janeiro, fecharam com 1302 papéis emitidos frente aos 208 de LCAs. Ao passo que, em fevereiro, as LCAs alcançaram 688 lançamentos, enquanto as LCIs apenas 17.
O analista de renda fixa da Levante Corp, Fabrício Silvestre, disse que “nas LCIs, a normativa trouxe restrição imediata de diversos lastros, o que limitou as emissões; já as LCAs têm um período de transição para a restrição, o que gerou sentimento de urgência nos emissores”.
Taxas médias das LCAs avança
A expectativa dos analistas, depois das mudanças provocadas pela CMN, foram confrontadas pelos resultados finais das taxas médias dos papéis, que subiram.
Entre as LCAs pós-fixadas, segundo o portal de notícias, a taxa média atingiu 83,29% do CDI, no caso das emissões feitas em janeiro e com vencimento em 12 meses. Já em fevereiro, essa mesma categoria pagou 88,36% do CDI.
Conforme os detalhes nos dados fornecidos pela Quantum, o aumento dos prazos de LCAs geraram efeito positivo no mercado. Isto porque, em janeiro, 102 papéis pós-fixados foram emitidos, com prazo de vencimento em 6 meses. Em fevereiro, foram apenas 5 deles.
Ao contrário dos LCAs, as Letras de Crédito Imobiliário, que tiveram queda no segundo mês do ano, viu as comparações de taxas se com prejuízo. Os pós-fixados de 36 meses, que em janeiro tiveram 122 emissões, saíram para apenas 2, no período seguinte.