Falas de Haddad ajudam o varejo

Magazine Luiza (MGLU3) dispara 10% com alívio na curva de juros

O mercado financeiro reage com expectativas positivas, e o setor de varejo, altamente sensível a esses fatores, está entre os mais beneficiados

Foto: Getty Images
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As ações ordinárias da Magazine Luiza (MGLU3) se destaca entre as maiores altas do Ibovespa durante o início da tarde desta segunda-feira (4), as vésperas da divulgação do balanço trimestra.

Por volta das 13h38 (horário de Brasília) os papéis MGLU3 avançavam 10,60%, cotados a R$9,80. Durante o pregão, as ações da varejista chegaram a saltar mais de 11%.

Os papéis da varejista indicam surfar no alívio da curva de juros brasileiro. O mercado financeiro reage com expectativas positivas, e o setor de varejo, altamente sensível a esses fatores, está entre os mais beneficiados.

No último fechamento, sexta-feira (1º) as taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) bateram 13%  e operam estendendo as perdas em relação ao ajuste anterior. 

O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2025, de curtíssimo prazo, opera a 11,33% nesta segunda-feira (4).  Já  os contratos mais longos, a taxa do vencimento para janeiro de 2033 marcava 12,89%, em queda de 23 pontos-base ante o ajuste de 13,12%.

Papéis da Magazine Luiza (MGLU3) reagem à medidas fiscais

Outro fator que beneficia os papéis da varejistas Magazine Luiza (MGLU3) são os anúncios do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que o plano de medidas sobre os gastos públicos deve ser anunciado nos próximos dias.

Isso porque o setor de varejo é um dos mais vulneráveis a fatores macroeconômicos, como juros e inflação, além de ser impactado, em menor grau, pelo cenário fiscal.

O ministro da Economia cancelou a viagem à Europa, agendada para esta semana, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi tomada após a reação negativa do mercado, que resultou em uma alta acentuada dos juros e do dólar, atingindo o maior patamar desde maio de 2020.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou a viagem que faria à Europa na segunda-feira (4), a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A mudança na agenda acontece em meio à pressão para o anúncio do pacote fiscal prometido pela equipe econômico.

A ideia era divulgar o pacote logo após o segundo turno das eleições, mas Haddad frustou o mercado ao dizer que não tinha data prevista para o corte de gastos. O ministro garantiu, porém, que já havia entendimento entre a Fazenda e a Casa Civil sobre as medidas de corte de despesa.

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