Apesar de as ações do Mercado Livre (MELI34) estarem sendo negociadas a 33x P/E 2025, mesmo com uma valorização de 34% desde 2023, o múltiplo de avaliação da empresa atingiu um dos níveis mais baixos em anos, segundo análise do BTG Pactual.
Para o BTG Pactual, a geração de valor da empresa será gradualmente transferida para os acionistas, refletindo sua execução superior e revisões consistentes para cima no lucro operacional e nos ganhos, à medida que o valor de mercado se desdobra.
Os analistas destacaram que, embora não seja possível afirmar que a avaliação esteja barata, a expansão consistente da rentabilidade do Mercado Livre, o potencial de crescimento no setor de crédito e as perspectivas favoráveis para o e-commerce na América Latina são indicativos promissores.
A companhia se destaca em relação à concorrência com um crescimento anual composto (CAGR) de 31% no lucro por ação (EPS) em dólares nos últimos três anos.
As taxas de comissão estão melhorando e a rentabilidade se mantém robusta, o que compensa a exposição ao mercado argentino, que pode impactar as margens no curto prazo. Isso reforça a posição da empresa como a principal recomendação do banco.
O BTG estabeleceu um preço-alvo de US$ 2.040,00 para as ações da empresa ao longo dos próximos doze meses e mantém a recomendação de compra.
Na manhã desta sexta-feira (19), às 12h23 (horário de Brasília), as ações da MELI registravam uma alta de 1,26%, cotadas a US$ 1.643,78.
Mercado Livre (MELI34) é condenado a indenizar trabalhadores em R$ 80 mi
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região condenou a Meli Developers, do Mercado Livre (MELI34), a indenizar funcionários e ex-funcionários em R$ 80 milhões. A razão são horas extras e adicionais noturnos não remunerados.
A decisão ainda cabe recurso do Mercado Livre, enquanto isso, os BDR’s MELI34 atuam em queda de %, a R$ , na sessão desta quarta-feira (5), por volta das 15h (horário de Brasília).
O Sindicato dos Trabalhadores de São Paulo foi o responsável por iniciar o pedido contra a companhia, alegando que o acordo coletivo da categoria foi descumprido por conta do pagamento menor que o determinado.
A Meli Developers alegou, durante o processo, que faz parte do conglomerado do Mercado Livre, que atende a serviços de comércio eletrônico, tentando afastar a representação do Sindicato aos funcionários, de acordo com o “E-Investidor”.
No entanto, o juiz Ricardo Tsuioshi Fukuda Sanchez declarou que “o desenvolvimento de atividades de tecnologia da informação pela demandada, no caso, é fato incontroverso, admitido pela defesa”.