Economia brasileira

Mercado prevê rombo fiscal de até 0,7% do PIB em 2024

O resultado primário é o balanço entre receitas e despesas, desconsiderando os pagamentos de juros da dívida

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Mercado (Foto: unsplash)

O mercado financeiro projeta um déficit primário de até 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no Orçamento de 2024, refletindo um pessimismo em relação ao cumprimento da meta fiscal.

O resultado primário é o balanço entre receitas e despesas, desconsiderando os pagamentos de juros da dívida.

Em 22 de julho, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento, incluindo um bloqueio de R$ 11,2 bilhões em despesas discricionárias e um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões para se manter dentro do limite da meta — um déficit de até 0,25% do PIB (R$ 28,8 bilhões).

Embora o objetivo fiscal seja eliminar o déficit, há essa margem de tolerância.

Mercado já vê chance de Fed ter que fazer corte emergencial nos juros

O mercado de títulos de renda fixa nos EUA começa a especular que a economia americana está se deteriorando de forma tão acelerada que o Federal Reserve (Fed) poderá ser forçado a afrouxar sua política monetária de maneira significativa — possivelmente antes de sua próxima reunião programada — para evitar uma recessão.

As preocupações com a inflação praticamente desapareceram, sendo substituídas pela especulação de que o crescimento econômico vai estagnar, a menos que o banco central americano comece a reduzir as taxas de juros.

O mercado de swaps agora estima uma probabilidade de aproximadamente 60% de um corte emergencial de 0,25 ponto percentual dentro de uma semana.

No mercado de títulos do Tesouro americano, a taxa de rendimento dos títulos de dois anos caiu quase 0,19 ponto percentual nesta segunda-feira, para menos de 3,7%, após já ter diminuído 0,50 ponto percentual na semana passada.

Esta taxa não estava tão abaixo da taxa básica efetiva no mercado interbancário, de cerca de 5,3%, desde a crise financeira global ou o estouro da bolha das pontocom no início do século.