O mercado financeiro projeta um déficit primário de até 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no Orçamento de 2024, refletindo um pessimismo em relação ao cumprimento da meta fiscal.
O resultado primário é o balanço entre receitas e despesas, desconsiderando os pagamentos de juros da dívida.
Embora o objetivo fiscal seja eliminar o déficit, há essa margem de tolerância.
Mercado já vê chance de Fed ter que fazer corte emergencial nos juros
O mercado de títulos de renda fixa nos EUA começa a especular que a economia americana está se deteriorando de forma tão acelerada que o Federal Reserve (Fed) poderá ser forçado a afrouxar sua política monetária de maneira significativa — possivelmente antes de sua próxima reunião programada — para evitar uma recessão.
As preocupações com a inflação praticamente desapareceram, sendo substituídas pela especulação de que o crescimento econômico vai estagnar, a menos que o banco central americano comece a reduzir as taxas de juros.
O mercado de swaps agora estima uma probabilidade de aproximadamente 60% de um corte emergencial de 0,25 ponto percentual dentro de uma semana.
No mercado de títulos do Tesouro americano, a taxa de rendimento dos títulos de dois anos caiu quase 0,19 ponto percentual nesta segunda-feira, para menos de 3,7%, após já ter diminuído 0,50 ponto percentual na semana passada.
Esta taxa não estava tão abaixo da taxa básica efetiva no mercado interbancário, de cerca de 5,3%, desde a crise financeira global ou o estouro da bolha das pontocom no início do século.