Ibovespa fecha em baixa pelo terceiro dia seguido

Pelo tercerio dia consecutivo, o Ibovespa encerrou esta quinta-feira (16) em queda, pressionado pela desvalorização de 26% no preço do minério de ferro na China, por ruídos políticos em Brasília e pelas ações da Vale.

No Brasil, seguindo o radar dos investidores foram as declarações do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) sobre a política de preços da Petrobras e o imbróglio dos precatórios.

Também no cenário interno, o Ministério da Economia manteve suas as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de alta de 5,3% neste ano, ao passo que para 2022 passou de alta de 2,51% para 2,5%. E ainda elevou a previsão para o IPCA de 2021 de 5,9% para 7,9%, enquanto a projeção para a inflação de 2022 pasou de de 3,5% para 3,75%.

No exterior, o dia foi marcado por pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que atingiram 332 mil na semana encerrada em 11 de setembro.

Sobre as vendas no varejo no país cresceram 0,7% em agosto ante julho, para US$ 618,7 bilhões, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Comércio. 

Mesmo tendo dados positivos de varejo, os índices Dow Jones (-0,18%; 34.751,32 pontos) e S&P 500 (-0,15%; 4.473,76 pontos ) caíram hoje, enquanto o Nasdaq subiu 0,13% a 15.181,9 pontos.

Na Ásia, as bolsas encerraram a sessão em baixa, com destaque negativo das bolsas chinesas.

A preocupação com os regulatórios e os problemas da Evergrande foram os responsáveis por afetar os negócios em Hong Kong e China Continental. A ação da Evergrande fechou em queda de 6,41% e levou outras incorporadoras do país, com a notícia de que a empresa não conseguirá honrar o pagamento de juros na próxima semana.

Já na Europa, o índice Stoxx 600 subiu, com destaque positivo para papéis dos setores de viagem e lazer e negativo para o setor de recursos básicos.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em baixa de 1,1%, a 113.794 pontos com volume financeiro negociado de R$ 30,72 bilhões.

Dólar

O dólar comercial encerrou em alta 0,54% a R$ 5,265 na compra e a R$ 5,266 na venda.

Ibovespa pela tarde

Às 15h26 (horário de Brasília), o índice recuava 0,81%, a 114.126 pontos. O dólar comercial avançava 0,74% a R$ 5,27. 

Ibovespa pela manhã

Às 10h08 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 0,76%, a 114.185 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,34% a R$ 5,25. 

Nesta quinta-feira (16), o Ibovespa opera em queda acompanhando parte do exterior. Na Ásia, o minério de ferro apresentou, mais uma vez, forte queda, recuando mais de 6%, impactando no preço da tonelada a US$ 100. 

Com a queda nos preços do minério de ferro, nesta manhã a Vale chegou cair a 2,74% na bolsa.

Ainda na manhã desta quinta, o Ministério da Economia elevou a previsão para inflação a 7,9% em 2021, valor que representa um aumento em relação ao último Boletim Macrofiscal, que estimava 5,9% para este ano (veja mais aqui).

A pasta da Economia manteve a perspectiva de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 5,3% para 2021 e aumentou a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 6,2% para 8,4%. 

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira (15) em queda, puxado por ações da Vale, em meio ao recuo de 3% do minério de ferro após dados negativos serem divulgados na China, refletidos pelo vencimento de opções.

No exterior, os índices futuros dos Estados Unidos recuam nesta quinta-feira (16). Após sete anos de ganhos para o S&P e um avanço de cerca de 20% que levou o índice a fechamentos recordes, muitos analistas aguardam resultados mais retraídos no resto do ano.

Já os dados fracos de inflação nos EUA fazem com que as expectativas, sobre o momento em que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduzirá o estímulo fiscal, sejam reduzidas. A desaceleração da economia chinesa também apontou para um ritmo mais lento na recuperação global.

Durante a manhã desta quinta-feira, investidores aguardam os números dos novos pedidos de seguro-desemprego do país. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperam um aumento de 10 mil pedidos, indo para 320 mil.

Na Europa, as bolsas operam em alta em meio a queda dos índices futuros norte-americanos e das bolsas asiáticas.

O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, sobe 0,6%, com os papéis do setor de lazer e viagens liderando os ganhos.

Na próxima semana, o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, deve responder a questionamentos de legisladores sobre a suspeita de problemas na agência do país responsável pelo combate à lavagem de dinheiro.

A maior parte das bolsas asiáticas fecham o pregão desta quinta-feira (16) em queda, com destaque para as perdas das bolsas chinesas.

Os receios quanto à regulamentação e os problemas da imobiliária Evergrande afetaram os negócios em Hong Kong e na China Continental. Os papéis da companhia recuaram 6,41% e puxaram outras incorporadas para baixo, com a notícia de que a empresa não poderá honrar o pagamento de juros na próxima semana.

Já em relação às commodities, o minério de ferro apresentou uma nova queda de 3,94% nas negociações de Dalian, na China, a 670,5 iuanes, como foi antecipado pelo Infomoney.

Confira os principais índices às 7h35:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [-0,62%]
S&P/A SX 200 [+0,58%]
Hang Seng [-1,46%]
Shanghai [-1,34%]

EUROPA
DAX [+0,51%]
FTSE 100 [+0,45%]
CAC 40 [+1,01%]
SMI [+0,58%]
 
ÍNDICE FUTUROS EUA
US 30 [-0,08%]
US 500 [-0,13%]
US Techs 100 [-0,22%]
US 2000 [-0,22%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,85%] US$ 1.779,50
Prata [-1,21%] US$ 23,512
Cobre [-1,98%] US$ 4,3197
Petróleo WTI [-0,12%] US$ 72,52
Petróleo Brent [-0,08%] US$ 75,40
Minério de ferro [-3,08%] US$ 124,16