
O Natal de 2025 deve movimentar R$ 53,5 bilhões no varejo brasileiro. Ainda assim, quase metade dos trabalhadores não recebe nenhum presente corporativo. O dado é de uma pesquisa da Pluxee, líder global em benefícios e engajamento.
O levantamento ouviu 1.241 consumidores e mostra que 49% dos profissionais não recebem qualquer reconhecimento da empresa no fim do ano. Por outro lado, apenas 51% afirmam ganhar algum benefício natalino.
Cesta ainda domina, mas perde relevância
Entre as empresas que presenteiam, a cesta de Natal segue como opção mais comum. Ela aparece em 42% dos casos. No entanto, apenas 15% dos trabalhadores dizem preferir esse formato.
Em seguida, surge o saldo extra no vale-alimentação ou refeição, citado por 27% dos entrevistados. Já o Gift Card, embora ainda minoritário, começa a ganhar espaço. A alternativa aparece com mais força em grandes empresas.
Esse movimento, portanto, reflete mudanças no comportamento dos trabalhadores e na pressão sobre o orçamento.
Consumo cresce e pressiona o orçamento
Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Natal deve movimentar R$ 53,5 bilhões em 2025. Além disso, uma pesquisa da Offerwise para o Google Brasil mostra que 87% dos brasileiros planejam comprar presentes.
Ao mesmo tempo, 68% afirmam que vão gastar igual ou mais do que em 2024. Esse cenário reforça a importância de benefícios que aliviem despesas essenciais no fim do ano.
O que os trabalhadores realmente querem
Quando analisadas as preferências, a distância entre oferta e desejo fica clara. Se pudessem escolher, 57% dos trabalhadores optariam por receber saldo extra no cartão alimentação ou refeição.
Em segundo lugar, 23% escolheriam o Gift Card. Entre os principais motivos, destacam-se:
- liberdade para comprar o que quiser (69%);
- possibilidade de uso ao longo do ano (46%);
- chance de presentear familiares (28%);
- apoio direto na ceia de Natal (24%).
Além disso, entre quem prefere o Gift Card, 35% consideram ideal valores entre R$ 200 e R$ 500. Outros 23% apontam faixas entre R$ 700 e R$ 1.000.
Gift Card ganha percepção de valor
Mesmo entre quem não escolheu o Gift como primeira opção, a receptividade é alta. Segundo a Pluxee, 74% desses trabalhadores ficariam satisfeitos ao receber o cartão.
“Nosso estudo mostra que 56% enxergam o Gift como um gesto explícito de valorização”, afirma Ferdinando Gomes, gerente de Market Insights da Pluxee. “Além disso, 67% usariam o valor para complementar a ceia, enquanto 53% comprariam algo realmente necessário.”
Segundo ele, a autonomia oferecida pelo cartão faz diferença. “No fim, o colaborador busca liberdade de escolha reminder a empresa se importa com sua realidade.”
Eficiência e consumo consciente no Natal corporativo
Além de ajudar no orçamento, o Gift Card também se conecta ao consumo consciente. Diferentemente das cestas, ele reduz desperdícios e garante uso alinhado às necessidades individuais.
Para as empresas, a solução simplifica a logística, reduz custos e torna a gestão mais eficiente. Esse fator pesa, especialmente, em operações grandes ou distribuídas pelo país.
“Com a pressão financeira e a influência das novas gerações, o Natal corporativo exige um olhar mais prático”, afirma Gomes. Segundo ele, benefícios flexíveis transformam o presente em diferencial competitivo.
Assim, oferecer autonomia e impacto real deixa de ser apenas um gesto simbólico. Para muitos trabalhadores, passa a ser um cuidado que torna o fim do ano mais leve e significativo.