Milei assina com FMI e fala em nova era para Argentina

Milei anunciou com entusiasmo o pacto firmado com o FMI, que prevê o envio de US$ 20 bilhões para reforçar as reservas

Foto: Reprodução/ YouTube
Foto: Reprodução/ YouTube

Pouco depois de o FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgar oficialmente o novo acordo com a Argentina, o presidente Javier Milei se dirigiu ao país em cadeia nacional.

O pronunciamento foi ao ar às 22h30 da última sexta-feira (11) e teve duração de 22 minutos. Gravado na Casa Rosada e acompanhado por seu gabinete, o discurso foi marcado por tom de celebração.

Novo acordo com o FMI

Na fala, Milei anunciou com entusiasmo o pacto firmado com o FMI, que prevê o envio de US$ 20 bilhões para reforçar as reservas do Banco Central argentino.

O objetivo é garantir fôlego suficiente para dar andamento a uma de suas promessas mais ambiciosas: o fim do controle cambial, previsto para ser implementado a partir de (depois de amanhã).

“Rompemos o último elo da corrente que nos prendia. Eliminamos o controle cambial para sempre”, declarou o presidente em tom enfático

Argentina acerta com FMI e Milei fala em fim do controle

Em pronunciamento transmitido em cadeia nacional, o presidente argentino Javier Milei celebrou o novo acordo com o FMI, Banco Mundial, BID e o Banco Central, que totaliza (US$ 32 bilhões), dos quais (US$ 19,6 bilhões) serão desembolsados imediatamente.

O pacote, segundo ele, permitirá restaurar o patrimônio do Banco Central e acabar com o controle cambial a partir de (depois de amanhã).

Milei afirmou que seu plano econômico está baseado em três pilares — disciplina fiscal, câmbio livre e controle monetário — e declarou: “Damos por concluir o processo de saneamento macroeconômico.”

Agradeceu ainda o apoio de parlamentares aliados: “Houve setores que nos apoiam sem mesquinharias nem condicionamentos, obrigado aos 87 heróis [deputados] que ajudaram a manter o superávit.”

Crítico das administrações anteriores, responsabilizou a (lei Guzmán) pela inflação e alta do risco país. Disse que a Argentina agora é exemplo de disciplina fiscal: “Somos um dos cinco países do mundo que gastam o que arrecadam.

Nem um peso a mais.” E elogiou o respaldo internacional: “O programa é inédito para respaldar um plano econômico que já rendeu frutos. Agradeço à presidente do organismo, Kristalina Georgieva.”

Mesmo com a inflação de (3,7%) registrada em março, garantiu que o cenário mudará: “A inflação vai desaparecer porque não haverá pesos sem respaldo.” Prometeu cortar impostos sobre o setor produtivo e previu crescimento sustentado, impulsionado pelo aumento do crédito e do consumo. No encerramento, pediu união: “Se o país crescer, todos nós sairemos melhor.”