Foto: Pedro Zacchi/Agência Mirassol
Foto: Pedro Zacchi/Agência Mirassol

O Mirassol vive uma revolução financeira que já chama a atenção no futebol brasileiro. Em apenas um ano, o clube do interior paulista igualou todo o faturamento de 2024 apenas com premiações conquistadas em campo em 2025.

No ano passado, o clube arrecadou cerca de R$ 60 milhões. Agora, esse mesmo valor foi praticamente alcançado sem considerar receitas como patrocínio ou direitos de transmissão.

A quarta colocação no Campeonato Brasileiro garante entre R$ 40 milhões e R$ 45 milhões em premiação. Além disso, a classificação inédita para a fase de grupos da Libertadores de 2026 acrescenta mais de R$ 16 milhões fixos.

Somadas, essas duas receitas praticamente igualam tudo o que o Mirassol faturou em 2024. Dessa forma, o clube alcançou um patamar raro entre equipes de menor orçamento.

Estratégia começou com venda de jogador

A virada financeira teve início em 2018. Naquele ano, o Mirassol recebeu cerca de R$ 8 milhões com a venda dos direitos econômicos de Luiz Araújo.

Em vez de gastar rapidamente, a diretoria adotou outra estratégia, o clube decidiu investir em estrutura. Assim, construiu um centro de treinamento moderno, inspirado na Academia do Palmeiras.

Desde então, os investimentos não pararam. O Mirassol ampliou a estrutura física e tecnológica. Entre as melhorias estão câmara de flutuação, reformas no estádio, sistema de reconhecimento facial e instalação de proteção em vidro.

Além disso, o clube modernizou diversas áreas internas. Como resultado, criou um ambiente mais profissional e eficiente.

Mesmo com a segunda menor folha salarial da Série A, estimada em cerca de R$ 5 milhões por mês, o Mirassol conseguiu competir em alto nível. Essa eficiência reforça o impacto da gestão e do planejamento de longo prazo.

Ao mesmo tempo, os patrocínios cresceram. Hoje, o clube arrecada cerca de R$ 15 milhões por ano, com marcas como 7K, Guaraná Poty e Athleta.

O caso do Mirassol mostra que organização administrativa e visão estratégica podem transformar um clube. Isso acontece mesmo sem grandes investidores ou uma SAF bilionária.