Itaú (ITUB4) anuncia venda de fatia do capital da XP (XPBR31) por US$ 153,7 milhões

Banco informou que ainda manterá 9,96% das ações da corretora

O Itaú (ITUB4) confirmou a venda de uma fatia do capital social da XP (XPBR31) no valor de US$ 153,7 milhões, equivalente a 1,21% das ações da companhia.

De acordo com o fato relevante emitido na CVM (Comissão de Valores Imobiliários) na última terça-feira (7), foi acertada também a venda adicional de mais uma fatia de 0,19% do Itaú na corretora, que será concluída nos próximos dias.

Com o acordo de compras e vendas firmado pela XP com o banco, a corretora comprará 1.056.308 ações Class B da instituição financeira, no valor total de US$ 24 milhões (US$ 22,65 por ação).

O montante estipulado é o mesmo pelo qual o Itaú vendeu 6.783.939 ações Class A na última terça (7).

Logo, a expectativa é de que as ações sejam mantidas em tesouraria, visto que a transação em questão não faz parte do Programa de Recompra de Ações anunciado pela XP no início do mês de maio.
 

Capital que Itaú possui na XP ainda pode ser negociado

As fatias da XP pertencentes ao Itaú também possuem outros compradores interessados, inclusive no âmbito internacional.

De acordo com informações do “Valor”, a XP Inc. pode ter a corretora norte-americana Charles Shwab como novo sócio.

A Shwab estaria interessada em parte da fatia pertencente ao banco, que provavelmente será vendida ainda neste ano.

A XP teria interesse na aproximação com a Schwab, uma vez que a corretora teria se inspirado na companhia norte-americana para se transformar em uma plataforma de investimentos de varejo. 

Anos atrás, a Shwab já teria avaliado realizar um aporte na companhia brasileira, mas o negócio acabou não indo para a frente.

Além disso, uma fonte da reportagem afirmou que a XP tem se engajado ativamente no possível negócio com a Shwab, a fim de procurar uma opção que faça sentido para a companhia no longo prazo. 

A corretora já deu início à expansão internacional de seus produtos a partir da possibilidade de criação de contas internacionais de investimentos no exterior para determinados públicos, o que pode dar novos rumos à fatia pertencente ao Itaú.