Petrobras (PETR4): Comitê aprova indicação de Caio Paes de Andrade ao conselho e presidência

De acordo com a companhia, a decisão não foi unânime, mas venceu a maioria

A Petrobras (PETR3;PETR4) comunicou na sexta-feira (24), após o fechamento do mercado, que Caio Paes de Andrade foi aprovado pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) da companhia. O comitê concluiu que o indicado a presidente pelo governo preenche os requisitos e não há vedações para assumir o conselho e a presidência da estatal.

A informação foi veiculada por meio de um fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), após a reunião do Caleg, iniciada às 16h. A decisão não foi unânime, mas a maioria votou a favor da indicação.

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“Foi reconhecido pelo Comitê, funcionando como o Comitê de Elegibilidade (Celeg) previsto no artigo 21 do Decreto nº 8.945/16,  por maioria, o preenchimento dos requisitos previstos na Lei nº 13.303/16, no Decreto nº 8.945/16 e na Política de Indicação de Membros da Alta Administração da Petrobras”, disse a Petrobras no documento.

Paes de Andrade foi indicado aos cargos de conselheiro de administração e presidente da companhia. A indicação agora aguarda respaldo do conselho de administração da Petrobras, que deve se reunir na próxima segunda-feira (27).

Paes de Andrade é o quinto indicado por Jair Bolsonaro à presidência da Petrobras

Caio Paes de Andrade foi indicado à presidência da Petrobras no dia 23 de maio, em substituição a José Mauro Ferreira Coelho, que havia assumido o cargo em abril. O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu trocar o CEO da companhia devido à sua insatisfação com a política de preços da Petrobras.

Na última segunda-feira (20), José Coelho oficializou seu desligamento e renunciou ao cargo de presidente. Caso ele não tivesse optado pela renúncia, o processo de desligamento dependeria da realização de uma Assembleia de Acionistas, que poderia demandar até 60 dias para ocorrer.

Paes de Andrade é o quinto nome que Bolsonaro indicou para o cargo de presidente da Petrobras. José Coelho substituiu o general da reserva Joaquim Silva e Luna, que ficou um ano no posto após suceder Roberto Castello Branco. Antes de Coelho, Bolsonaro havia indicado o nome de Adriano Pires para o cargo, mas o economista acabou desistindo.

As trocas são decorrentes do descontentamento do governo federal com relação à política de preços da Petrobras, que repassa para os combustíveis as variações de câmbio e da cotação internacional do petróleo.