Senado dos EUA. Foto: Divulgação/ Wikipedia Commons
Senado dos EUA. Foto: Divulgação/ Wikipedia Commons

A paralisação do governo dos EUA entrou em seu sexto dia nesta segunda-feira (6), com os republicanos do presidente Donald Trump e os democratas do Congresso ainda em impasse.

A Casa Branca ameaça ampliar a pressão com demissões em massa de funcionários federais.

O Senado, controlado pelos republicanos, deve votar novamente medidas para financiar as agências federais — entre elas, um projeto de lei provisório aprovado pela Câmara que manteria as operações até 21 de novembro e uma proposta alternativa dos democratas. Nenhuma das duas deve atingir os 60 votos necessários para avançar.

Questionado na noite de domingo sobre quando começariam as demissões, Trump afirmou: “Está acontecendo agora mesmo”.

Ele culpou os democratas pelo impasse, sem detalhar o plano. Segundo a Casa Branca, milhares de servidores podem perder o emprego se a paralisação persistir.

O diretor de orçamento, Russell Vought, já congelou cerca de US$ 28 bilhões em fundos de infraestrutura destinados a Nova York, Califórnia e Illinois — estados com fortes bases democratas e críticos do governo.

Trump e aliados também provocaram opositores nas redes sociais com vídeos deepfake que recorrem a estereótipos mexicanos, o que o vice-presidente JD Vance classificou como “uma piada”.

Líderes democratas, no entanto, mantêm a resistência.

“O que vimos foi uma negociação por meio de deepfakes, a Câmara cancelando votações e, é claro, o presidente Trump passando o dia no campo de golfe. Isso não é um comportamento responsável”, disse o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, ao programa Meet the Press, da NBC.

A paralisação parcial — a 15ª desde 1981 — iguala nesta segunda-feira a duração de seis dias de uma paralisação de 1995, que começou após o então presidente Bill Clinton vetar um projeto de gastos republicano. A mais longa durou 35 dias, em 2018-2019, também durante o governo Trump.