Crise e percepção econômica

Pesquisa Quaest aponta piora nas expectativas econômicas

Expectativa de piora no cenário econômico atinge recorde após tarifa imposta pelos EUA e pressões políticas envolvendo Bolsonaro e Trump

Foto: Freepik
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A primeira pesquisa Genial/Quaest após a crise gerada pelo tarifaço de 50% imposto pelos EUA mostra um aumento no pessimismo dos brasileiros em relação ao futuro da economia, com a percepção de que o cenário deve piorar nos próximos meses.

Além disso, uma leve melhora na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ampla rejeição da população às sobretaxas anunciadas por Donald Trump.

O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios entre quinta-feira (10) e segunda-feira (14). A pesquisa é financiada pela corretora Genial Investimentos, ligada ao banco Genial, e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Expectativa sobre o futuro da economia


A oscilação na percepção sobre o governo acompanha uma melhora tímida na avaliação da economia. 

Para 21% dos entrevistados, a situação econômica do país melhorou nos últimos 12 meses,  em maio, eram 18%. Por outro lado, 46% acreditam que a economia piorou (eram 48% em maio e 56% em março).


Quando questionados sobre a perspectiva para os próximos 12 meses, 43% responderam que a economia deve piorar, número superior aos 30% registrados em maio,  e o maior desde o início da série histórica, em junho de 2023.


Apenas 35% acreditam que a economia vai melhorar, também o menor patamar da  série (eram 45% na rodada anterior).

Avaliação de Lula tem nível de oscilação favorável


Lula registra 40% de avaliação negativa, contra 28% de avaliação positiva, um movimento de oscilação favorável em relação à rodada anterior.

Outros 28% avaliam o governo como regular, e 4% não souberam responder.


Na rodada anterior, feita entre 29 de maio e 1º de junho, após o escândalo do INSS, Lula havia alcançado seu pior índice até então: 43% de avaliação negativa e apenas 26% de avaliação positiva, com 28% considerando o governo regular.


A diferença entre avaliações negativas e positivas caiu de 17 pontos (43 x 26) para 12 pontos (40 x 28), dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.