Guerra contida?

Petróleo cai mais de 3% com ausência de ofensiva de Israel ao Irã

As expectativas de uma política monetária apertada por mais tempo nos EUA também afetaram os preços da commodity.

Foto: Freepik
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Os contratos futuros de petróleo fecharam com recuo de mais de 3% nesta quarta-feira (17), após a disparada recente. Após alguns dias desde o ataque do Irã, Israel ainda não realizou movimentações relacionadas a uma possível retaliação, elevando a expectativa de que o conflito não deve se alastrar.

Além disso, as expectativas de uma política monetária apertada por mais tempo nos EUA também afetaram os preços do petróleo.

O WTI para maio encerrou a sessão com queda de 3,12%, a US$ 82,69 o barril, na Nymex (New York Mercantile Exchange). Já o tipo Brent, para junho, fechou com retração de 3,03%, a US$ 87,29 o barril, na Intercontinental Exchange.

As tensões entre Israel e Irã foram elevadas após o ataque, que atraiu a atenção global, especialmente entre os agentes de mercado, que monitoram de perto o potencial impacto nos preços do petróleo em todo o globo.

“O clima geopolítico na região está sendo observado de perto, uma vez que um conflito mais amplo poderia potencialmente perturbar os fluxos comerciais através do Estreito de Ormuz, o que poderia remover quantidades significativas de gás e petróleo do mercado global”, declarou a Rystad Energy, de acordo com o “InfoMoney”.

Para a organização, no momento, “os preços do Brent estão em níveis mais elevados, sendo provável que ainda não sejam contabilizados prêmios de risco adicionais, uma vez que a situação ainda está evoluindo”.

Tensão no Oriente Médio pode afetar inflação, petróleo e dólar

É consenso entre os especialistas consultados pelo BP Money que o conflito intensificado no último final de semana no Oriente Médio, tem preocupado o mercado. Em resposta, os profissioanis a par do assunto explicaram que a preocupação “de primeira ordem” é uma possível “escalada massiva” no preço de petróleo. 

Isso porque o estreito de Hormuz, uma passagem marítima estreita localizada na margem do Irã, é vital para a cadeia global de suprimentos da commodity, destacando sua importância estratégica, explicou o economista da investing Thomas Monteiro. 

“Isso se soma a uma crescente tensão em Omã, que também é banhado pelo estreito de Hormuz”, completou. 

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