Fecha sessão em queda

Petróleo cai, mas fecha semana em alta após corte de taxas do Fed 

Sinais de uma economia em desaceleração na China, grande consumidora de commodities, deram aos preços do petróleo um teto

Petróleo Prio
Petróleo / Foto: Freepik/Petróleo

Os preços do petróleo apresentaram queda nesta sexta-feira (20), mas ainda assim marcaram a segunda semana consecutiva de ganhos, impulsionados por um corte na taxa de juros nos EUA e uma redução na oferta americana.

Os contratos futuros do petróleo Brent recuaram 0,39 dólar, ou 0,52%, cotados a 74,49 dólares por barril. Já os futuros do petróleo WTI, dos EUA, caíram 0,03 dólar, ou 0,4%, sendo negociados a 71,92 dólares.

Sinais de desaceleração econômica na China, uma grande consumidora de commodities, impuseram um teto aos preços. No entanto, ao longo da semana, ambos os contratos de referência acumularam uma alta superior a 4%.

Os preços se recuperaram após o Brent ter caído abaixo de 69 dólares pela primeira vez em quase três anos, no dia 10 de setembro.

“O mercado concluiu que um nível abaixo de US$ 70, combinado com fundos de hedge mantendo uma crença fraca recorde em preços mais altos de petróleo e derivados, exigiria uma recessão para ser justificada, um risco que o forte corte nas taxas dos EUA nesta semana ajudou a reduzir”, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank.

Impacto no petróleo

Os preços aumentaram mais de 1% na quinta-feira (19), um dia após a decisão do Banco Central dos EUA de reduzir as taxas de juros em meio ponto percentual.

Reduções nas taxas de juros geralmente estimulam a atividade econômica e aumentam a demanda por energia; no entanto, alguns analistas expressam preocupações em relação à fraqueza do mercado de trabalho nos EUA.

“Os cortes nas taxas de juros dos EUA deram suporte ao sentimento de risco, enfraqueceram o dólar e deram suporte ao petróleo esta semana”, disse Giovanni Staunovo, analista do UBS.

“No entanto, leva tempo até que os cortes nas taxas sustentem a atividade econômica e o crescimento da demanda por petróleo”, acrescentou.