Política

Guedes reafirma possibilidade de taxar dividendos em 20%

Para Guedes, o nível de arrecadação recorde alcançado pelo país no primeiro semestre é sustentável e independe do crescimento da economia à frente

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (21 )que entre suas pretensões sobre a reforma tributária, a prioridade é de favorecer as empresas e os trabalhadores. Em contra mão reiterou que está disposto a taxar os dividendos distribuídos às pessoas físicas em 20% de forma a aumentar a tributação dos “super-ricos”.

Durante coletiva de imprensa, Guedes afirmou que seus dirigentes estão analisando as opiniões do setor privado sobre sua proposta de reforma tributária e declarou que alguns pontos da versão original encaminhada ao Congresso poderão sofrer alterações ou cortes. 

O chefe da pasta reitera que será feito o essencial, estando incluso a tributação de juros e dividendos e a redução da tributação para 31 milhões de brasileiros (contribuintes assalariados e isenção dos profissionais liberais). Guedes, acrescentando que o governo não quer taxar médicos e dentistas, mas os grandes escritórios e os super-ricos.

“Nós estamos querendo justamente baixar (tributação das empresas) de 34% para alguns setores para 21,5%. E nós queremos da mesma forma subir de zero para 20% o imposto sobre dividendos”, acrescentou.

Dados da Receita mostraram que a arrecadação cresceu 24,5% em termos reais no primeiro semestre do ano, para 881,966 bilhões de reais, maior valor da série.

“O que nós vamos fazer é justamente pegar uma parte desse aumento de arrecadação e transformar isso numa redução de alíquotas e simplificação de impostos, como sempre prometemos”, disse o ministro.