“Fintech” é uma abreviação para o termo em inglês “financial technology”, ou “tecnologia financeira”. É um termo amplo, que inclui soluções tecnológicas para variados tipos de produtos e transações financeiras. Num cenário em que as transações online já ultrapassam e muito as realizadas em dinheiro vivo, as empresas de fintech ganham cada vez mais protagonismo.
Entenda porque essas soluções viraram uma prioridade no cenário nacional.
Tecnologia Financeira no Brasil
O mercado das fintechs vem crescendo a um ritmo acelerado por aqui. Entre 2018 e 2021, este setor mais que dobrou de tamanho, registrando um crescimento de 112%. Entre 2022 e 2023, cresceu mais 82% e no ano passado, avançou mais 66,7%. Com isso, o Brasil se tornou o maior mercado de fintechs da América Latina, com uma base de usuários de mais de 46 milhões de pessoas.
De fato, não faltam empresas do ramo disputando este mercado: PicPay, PagSeguro, Toro Investimentos e Nubank são apenas algumas das mais famosas. Ou seja, as opções vão de serviços bancários à investimentos. A Nubank é uma das pioneiras do país e funciona, basicamente, como um banco tradicional, podendo ser usada para qualquer tipo de transação online, de compras no e-commerce a jogos (confira os reviews do caça-níqueis Bank Vault).
Estas empresas são reguladas e acompanhadas de perto pelo Banco Central, que garante a segurança e a transparência destes serviços, garantindo ainda a proteção dos dados dos seus clientes. Não é à toa que as fintechs estão fazendo tanto sucesso. Seus serviços são 100% digitais, com custos bem menores e bem menos burocracia do que as instituições financeiras tradicionais. Por isso, as fintechs devem crescer ainda mais por aqui em 2025.
Novos Caminhos
O futuro das fintechs no Brasil parece realmente brilhante. O crescimento acentuado das transações online vem desde os anos da pandemia, mas a sede de inovação não parou por ali. Segundo um estudo divulgado pela PwC, cerca de 88% dos millennials preferem transações digitais e o público mais jovem está sempre pronto para aderir a uma novidade.
Soma-se a isso o amplo acesso a smartphones no país (mais de um por pessoa) e à internet, já que neste cenário, basta ter acesso a rede para ser um cliente em potencial. Neste cenário, o conceito de Open Finance também começa a ganhar tração por aqui, a exemplo do que já vem acontecendo mundo afora, integrando diferentes plataformas de pagamento em um ecossistema único, onde dados e dinheiro circulam de forma segura e desburocratizada.
Em alguns países, o principal fator de sucesso das fintechs é a falta de acesso de grande parte da população ao sistema bancário. Não chega a ser esse o caso por aqui, já que 82% da população tem conta em banco. Mesmo assim, 62% das pessoas que possuem contas em bancos tradicionais ainda preferem os digitais.
Ou seja, as fintechs vieram para ficar. Não cobram taxas de manutenção por conta corrente, como os bancos tradicionais fazem. Também permitem transações e transferências em moeda estrangeira com taxas bem menores e cotações mais atraentes. Além de utilizarem sistemas de segurança avançados, como criptografia de ponta, também oferecem seguros contra riscos individuais.
Investindo no Futuro
O brasileiro já está bastante familiarizado com companhias como Nubank e PicPay para pagamentos de bens e serviços. No entanto, as fintechs estão revolucionando também o mercado financeiro. Fintechs de investimento, como a Toro Investimentos, oferecem soluções digitais simplificadas para quem quer ter acesso ao mundo mercado financeiro.
Estas empresas utilizam tecnologia de ponta para prever o comportamento dos usuários e reduzir riscos de investimento; tudo isso enquanto oferecem serviços mais baratos do que as corretoras tradicionais. Aqui, novamente, a inovação tecnológica é o carro chefe, com algoritmos que ajudam a administrar carteiras de investimentos, além de tecnologias como inteligência artificial e machine learning que ajudam empresas e usuários a navegar no turbulento (e muitas vezes, imprevisível) mercado financeiro.
Com isso, democratizam o acesso ao mundo dos investimentos: basta baixar um aplicativo para smartphone e empregar uma pequena quantia para começar a operar. Embora as fintechs de pagamento estejam entre as mais populares, existem outros tipos.
As fintechs de crédito são capazes de bater os juros dos bancos tradicionais; já as de crowdfunding auxiliam no financiamento coletivo de projetos. Existem ainda as fintechs de controle financeiro, que ajudam os usuários a organizar e acompanhar seus gastos em tempo real, diretamente no celular.
O potencial das empresas de tecnologia financeira não passou despercebido pelo Governo Federal, que também vem investindo no setor. Em 2018, o BNDES lançou o Desafio BNDES Fintech, uma chamada pública para que empresas do setor apresentassem suas soluções para diferentes áreas, como leilão e recuperação de crédito, quitações de dívidas e acesso facilitado a crédito para o setor de agronegócio, com prêmios de até R$50 mil para as empresas mais inovadoras.
Outro passo importante dado pelo Governo Federal foi a abertura dessas empresas ao capital estrangeiro, permitindo investimentos massivos no setor e até mesmo a criação de alguns “unicórnios”, ou seja, startups com valor de mercado acima de USD 1 bilhão, como Ebanx e C6 Bank.