O Brasil deve processar um recorde de 58,5 milhões de toneladas de soja em 2025, segundo estimativa divulgada nesta terça-feira (16) pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).
O número representa alta de 0,7% em relação à previsão anterior e de 5% frente ao volume processado em 2024, impulsionado pela maior demanda de biodiesel.
O ajuste ocorre em um momento de margens mais favoráveis para a produção de óleo, após o governo ter elevado a mistura obrigatória de biodiesel no diesel de 14% para 15% em agosto. Segundo o Cepea, a mudança fortaleceu o uso da oleaginosa como principal insumo do biocombustível.
“O avanço do B15 reforça o papel do biodiesel como um dos principais motores da cadeia e consolida o produto como o biocombustível mais eficiente e sustentável disponível no mundo”, afirmou em nota o diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, Daniel Furlan Amaral.
Estoques, safra e exportações
Com a revisão, o estoque final total de soja foi ajustado para 4,4 milhões de toneladas, queda de 5,4% em relação à estimativa anterior, mas ainda acima das 4,1 milhões registradas no ano passado.
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A produção nacional de soja foi mantida em 170,3 milhões de toneladas, avanço de 10% sobre 2024, consolidando o Brasil como maior produtor e exportador global. Já a projeção de exportações permaneceu em 109,5 milhões de toneladas, quase 11 milhões acima do ano anterior, apoiada sobretudo na demanda chinesa.
A importação de soja pelo Brasil foi revisada para 800 mil toneladas, alta de 23,1% na comparação mensal e praticamente estável em relação a 2024.
Derivados
A produção de farelo de soja foi ajustada para 45,1 milhões de toneladas, contra 44,8 milhões na previsão de agosto.
As exportações devem somar 23,6 milhões, e o consumo interno, 19,5 milhões de toneladas.
Já a produção de óleo de soja subiu para 11,7 milhões de toneladas (ante 11,65 milhões em agosto), com exportações projetadas em 1,35 milhão e consumo interno de 10,5 milhões de toneladas.
