A fraude financeira comandada por Ruja Ignatova, a rainha das criptomoedas, enganou milhões de pessoas e movimentou mais de US$ 4,5 bilhões.
Fundadora da falsa criptomoeda OneCoin e procurada pelo FBI desde 2017, Ignatova desapareceu repentinamente, deixando um rastro de prejuízos bilionários e suspeitas de envolvimento com o crime organizado.
Até hoje, o caso serve de alerta global sobre os perigos dos investimentos não regulados.
Fraude financeira da OneCoin abalou a confiança no mercado
Inicialmente, Ruja Ignatova lançou a OneCoin com promessas de lucro superiores aos do Bitcoin.
Como resultado, investidores de mais de 175 países aplicaram bilhões de dólares no projeto.
Entretanto, a OneCoin não utilizava tecnologia blockchain.
Em outras palavras, tratava-se de uma pirâmide financeira sofisticada.
Eventualmente, as autoridades dos EUA e da Europa começaram a investigar a operação.
Consequentemente, o colapso da OneCoin causou perdas gigantescas.
Milhares de famílias ficaram sem suas economias, o que abateu a confiança nos criptoativos.
Procurada pelo FBI, rainha das criptomoedas sumiu com parte do dinheiro
Durante os anos do golpe, a rainha das criptomoedas construiu uma vida de luxo.
Comprou imóveis em Dubai, movimentou milhões em contas estrangeiras e contratou seguranças ligados ao crime organizado.
Em outubro de 2017, ao saber que seria investigada, ela embarcou em um voo da Ryanair com destino a Atenas.
Desde então, não foi mais vista. Como resultado, foi incluída na lista dos 10 criminosos mais procurados do FBI em 2022 — onde permanece até hoje.
Ainda que teorias indiquem sua morte, o FBI só a removerá da lista com prova definitiva. Por isso, a hipótese de que ainda está viva segue relevante.
Conexão com mafioso búlgaro fortaleceu a fraude financeira
Além de arquitetar um dos maiores golpes da história, a rainha das criptomoedas manteve laços estreitos com Hristoforos “Taki” Amanatidis, mafioso búlgaro suspeito de tráfico internacional de drogas.
Segundo a Europol, ele pode ter usado a OneCoin para lavar dinheiro.
Testemunhas e documentos mostram que Taki também seria padrinho da filha de Ignatova.
Além disso, há registros de negócios imobiliários entre familiares de ambos, o que sugere envolvimento financeiro direto.
Falhas no sistema facilitaram a fraude financeira
A rainha das criptomoedas aproveitou brechas regulatórias para expandir sua operação globalmente.
Enquanto isso, promessas de ganhos rápidos atraíram até investidores experientes.
O colapso da OneCoin revelou falhas na fiscalização de ativos digitais.
Atualmente, a maior parte do dinheiro segue desaparecida.
E muitos dos envolvidos, como Taki, nunca foram presos ou sequer formalmente acusados.
FBI ainda busca Ruja Ignatova por fraude financeira bilionária
Em resumo, o caso Ruja Ignatova é um retrato moderno da sofisticação do crime financeiro.
Procurada pelo FBI e com conexões mafiosas profundas, ela continua sendo um símbolo dos riscos de investir em promessas sem lastro real.
Além disso, o FBI oferece R$ 28 milhões por qualquer informação que leve ao paradeiro ou prisão de Ruja
Embora seu paradeiro permaneça incerto, o impacto da fraude permanece vivo — tanto para vítimas quanto para as instituições que falharam em impedir o golpe.