Balanço pós-fechamento

Saúde: Fleury deve ter bons resultados, apesar de desafios

Resultados da Hypera (HYPE3) também são aguardados para este mês, mas expectativas para a empresa são menos otimistas

Foto: Divulgação
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Analistas esperam um bom desempenho para a Fleury (FLRY3), que divulga seus resultados do terceiro trimestre nesta quinta-feira (7). A empresa resiste a desafios no setor da saúde brasileiro.

O setor vem enfrentando altos custos, especialmente em razão de um aumento no uso de planos de saúde, diz o analista independente Hulisses Dias.

“A Fleury possui uma estratégia de diversificação sólida e um controle rigoroso de custos, o que deve contribuir para que mantenha uma performance razoável no terceiro trimestre”, comentou.

No entanto, ele espera que a empresa tenha resultados mais fracos que os apresentados no terceiro trimestre de 2023, quando teve receitas e margens excepcionalmente elevadas.

A Fleury tem focado em expansão de suas marcas fora de São Paulo e na oferta de serviços de prevenção e autocuidado, que estão em alta no país.

Para o analista Virgílio Lage, da Valor Investimentos, essa expansão no setor de prevenção aumenta as expectativas de manutenção do crescimento dos semestres anteriores.

“Os analistas aguardam um aumento contínuo nas receitas da empresa e melhorias das margens operacionais, principalmente impulsionado por iniciativas de eficiência e integração das aquisições recentes feitas pela empresa“, comentou Lage.

Expectativas são negativas para a Hypera (HYPE3)

Mesmo após crescimento no início do ano, a Hypera (HYPE3) deve ter desempenho abaixo das expectativas para o terceiro trimestre. A companhia vai divulgar seus resultados no dia 14 de novembro.

Dias pontua que o endividamento elevado da Hypera é uma preocupação central, especialmente em um ambiente de aumento das taxas de juros, que pode agravar ainda mais a situação.

“Apesar das iniciativas de otimização de capital de giro, a recuperação significativa nos resultados pode levar mais tempo do que o esperado. Além disso, a fusão com a EMS, que poderia trazer benefícios ao reduzir a relação entre a dívida e o Ebitda da empresa, não irá ocorrer”, comentou o analista.

As ações da empresa, que já vinham em baixa, caíram 8,7% após a retirada da proposta da EMS. “Os analistas aguardam a Hypera com cautela”, reforçou Lage.

Os investidores também estão esperando que a empresa forneça mais detalhes sobre sua iniciativa de melhoria de capital de giro e sobre suas estratégias para enfrentar desafios que surgiram após a pandemia.

Busca do setor de saúde por reduzir despesas

O aumento de custos do setor da saúde gerou uma busca por alternativas para reduzir despesas, com fusões entre hospitais e operadoras. Há uma pressão no setor para controlar gastos sem prejudicar a qualidade do atendimento.

“No entanto, a demanda por serviços de saúde cresce com o envelhecimento da população, o que traz estabilidade e oportunidades a longo prazo”, ponderou Dias.

Outra oportunidade para o setor, apontada por Lage, é a adoção de tecnologias digitais como a telemedicina e a inteligência artificial. Esses avanços melhoram a qualidade e eficiência do atendimento.

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