Ações caem no pré-mercado

Tesla: vendas caem pela primeira vez em dez anos

No trimestre de outubro a dezembro de 2024, a Tesla entregou 495.570 veículos, número abaixo das expectativas do mercado, de 512.277

Tesla (TSLA34)
Tesla (TSLA34) / Foto: Divulgação

As vendas da Tesla fecharam o ano em queda pela primeira vez desde 2015, com 1,79 milhão de veículos vendidos em 2024, ante 1,8 milhão em 2023. A queda anual está dentro de expectativas de analistas e ocorreu mesmo com o impulso da comercialização recorde no quarto trimestre do ano.

No trimestre de outubro a dezembro de 2024, a Tesla entregou 495.570 veículos, número abaixo das expectativas do mercado, de 512.277. A montadora tem promovido acordos de financiamento, cobrança e arrendamentos para atrair clientes e atingir a meta de crescimento anual “leve”, segundo informações da “Exame”.

No pré-mercado desta quinta-feira (2), as ações estavam caindo 3,4%.

Segundo a empresa de pesquisa AutoForecast Solutions, em 2025, a Tesla deve lançar nos EUA um Model Y, menor e mais acessível.

“Ainda estamos no caminho certo para entregar nossos modelos acessíveis a partir do primeiro semestre de 2025”, disse o CEO da empresa, Elon Musk, em conferência de resultados do terceiro trimestre.

Relatórios apontam que a Tesla também deve lançar um Model Q de baixo custo ainda no primeiro semestre deste ano. O preço deve ficar US$ 30 mil com incentivo fiscal federal ou US$ 37.500 sem crédito.

Trump se alinha a dono da Tesla e defende vistos para trabalhadores estrangeiros

O presidente eleito dos EUADonald Trump, se manifestou a favor dos vistos para trabalhadores estrangeiros, conhecidos como H-1B, alinhando-se ao empresário Elon Musk em uma disputa surgida nos últimos dias, na qual conservadores defendem o fim do visto como forma de conter a entrada de estrangeiros no país.

“Eu sempre gostei dos vistos. Sempre fui a favor dos vistos”, afirmou Trump ao New York Post. “Tenho muitos vistos H-1B em minhas propriedades. Sempre acreditei no H-1B. Já o usei muitas vezes. É um ótimo programa”, acrescentou o presidente eleito.

Os comentários ocorreram após discussões que expuseram divisões entre os apoiadores de Trump, como a ativista Laura Loomer e o ex-assessor Stephen K. Bannon, que argumentaram que o sistema permite que empresas explorem mão de obra estrangeira barata em detrimento dos trabalhadores norte-americanos. As informações são do Valor.

Em resposta, Musk e outros líderes empresariais defenderam a medida, afirmando que ela é parte essencial da indústria de tecnologia dos EUA. O bilionário e proprietário da Tesla (TSLA34) chegou a afirmar que “iria para a guerra” para defender os vistos H-1B.